Isto será o grande êxito de 2010...
Para rir e chorar por mais! Pelos agrados e desagrados! Porque sim e... porque não?!
29 dezembro 2009
21 dezembro 2009
merry xmas
Este teve sorte que não tem nem chuva nem frio, apenas um manto branco de neve à porta de casa... seja como for, a todos, todinhos, um feliz natal!!**
16 dezembro 2009
feliz navidad
Nuestros ermanos estão cada vez pior!!! Que paneleirice... bem pode ser que com tanta ginástica me traga os presentes dos anos anteriores que nem fita deles se viu!!!
Luísa
Há momentos em que apetece correr... assim de repente, do nada - a olhos alheios a tudo -, sair porta fora e correr, correr, correr até ficar com os bofes de fora ou até chegar lá à frente.
Luísa era uma mulher de forças, de armas, inconstantemente satisfeita, dona do seu nariz. Não tinha marido nem filhos, os pais ocupavam-lhe a cabeça o tempo todo que não o passava a trabalhar.
Todavia até o maior guerreiro perde as forças e também ela desejava chegar à sua cama, à noite, depois da noite porque assim que o relógio de sala toca as 12 badaladas ela tem consciência que são 24horas passadas de mais um dia de dramas, respira fundo e deixa sair num tom mudo: "- meia-noite...".
Mais um dia interminável depois de uma noite tão curta... "Estamos no inverno, é suposto as noites serem maiores que os dias...", disse ainda meio ensonada, meio resingona, meio acordada...
Levantou-se, tomou banho, preparou o seu pequeno-almoço, o lanche para meio da manhã e saiu; a rotina do costume, as batalhas do dia-a-dia, os suspiros, as lágrimas contidas, cama.
Luísa quer muito a sua casa, o seu canto incontestável, os seus filhos, os seus momentos a sós. O tempo vai passando entre guerras e tréguas com o tempo e com o mundo na esperança de um dia acordar noutra cama, noutra casa, com alguém a seu lado, e um pequeno-almoço servido na cama de tempos a tempos...
Corre, Luísa corre, explode no vento, bem longe de tudo, esse sentimento de raiva e ódio e cansaço, entrega-te! E manda o tempo dar uma curva com todas as suas tretas!
Luísa era uma mulher de forças, de armas, inconstantemente satisfeita, dona do seu nariz. Não tinha marido nem filhos, os pais ocupavam-lhe a cabeça o tempo todo que não o passava a trabalhar.
Todavia até o maior guerreiro perde as forças e também ela desejava chegar à sua cama, à noite, depois da noite porque assim que o relógio de sala toca as 12 badaladas ela tem consciência que são 24horas passadas de mais um dia de dramas, respira fundo e deixa sair num tom mudo: "- meia-noite...".
Tiiii....Tiiiii...Tiiiii... - 07h:30min...
Mais um dia interminável depois de uma noite tão curta... "Estamos no inverno, é suposto as noites serem maiores que os dias...", disse ainda meio ensonada, meio resingona, meio acordada...
Levantou-se, tomou banho, preparou o seu pequeno-almoço, o lanche para meio da manhã e saiu; a rotina do costume, as batalhas do dia-a-dia, os suspiros, as lágrimas contidas, cama.
Luísa quer muito a sua casa, o seu canto incontestável, os seus filhos, os seus momentos a sós. O tempo vai passando entre guerras e tréguas com o tempo e com o mundo na esperança de um dia acordar noutra cama, noutra casa, com alguém a seu lado, e um pequeno-almoço servido na cama de tempos a tempos...
Corre, Luísa corre, explode no vento, bem longe de tudo, esse sentimento de raiva e ódio e cansaço, entrega-te! E manda o tempo dar uma curva com todas as suas tretas!
10 dezembro 2009
será o que será
Nesta recta de estrada que vou
não tenho carros à frente,
não tenho carros atrás;
sei o que deixei para trás
não sei o que me espera lá mais à frente;
mas sei o que tenho em mente:
chegar lá.
Quando alcançar essa meta
verei se a oportunidade que me dão presta
ou se é batota, senão...
o que será?
Será o que será!
não tenho carros à frente,
não tenho carros atrás;
sei o que deixei para trás
não sei o que me espera lá mais à frente;
mas sei o que tenho em mente:
chegar lá.
Quando alcançar essa meta
verei se a oportunidade que me dão presta
ou se é batota, senão...
o que será?
Será o que será!
09 dezembro 2009
corpo vadio
Está um corpo estendido no chão
no meio da via,
no meio da estrada,
a meio da vida;
ninguém faz nada.
Passa um carro e depois outro
e depois outro...
... a grandes velocidades
mas não tão excessivas quanto a visão
deste corpo perdido
que trespassa a alma, o coração...
Tu seguiste caminho.
Mais tarde quando olhares para a palma das mãos
não terás nada nelas
e no lugar desse orgão que te dá vida
tens uma pedra.
O teu olhar é vazio,
o teu corpo é frio,
a tua língua afiada como uma laje,
essa laje que sela a morte
ou a vida?!
no meio da via,
no meio da estrada,
a meio da vida;
ninguém faz nada.
Passa um carro e depois outro
e depois outro...
... a grandes velocidades
mas não tão excessivas quanto a visão
deste corpo perdido
que trespassa a alma, o coração...
Tu seguiste caminho.
Mais tarde quando olhares para a palma das mãos
não terás nada nelas
e no lugar desse orgão que te dá vida
tens uma pedra.
O teu olhar é vazio,
o teu corpo é frio,
a tua língua afiada como uma laje,
essa laje que sela a morte
ou a vida?!
02 dezembro 2009
BALCÕES DE LINGERIE
Lorena.
Lo-re-na... que mulher!!!
Lorena era uma mulher na casa dos seus vinte anos ainda, muito nova, muito doce, muito bela, muito sedutora; sabia aquilo que queria. Cabelo preto, comprido, de madeixas cor de ameixa soltas ao vento, uma pele de uma tez branca como a neve, olhos amendoados de um castanho escuro - quase negros, uma boca rosada, de lábios entreabertos, no limiar de se tocarem, um corpo que dança ao andar.
A primeira vez que entrara numa loja de lingerie, ria-se agora ao lembrar, ía tímida e expactante de descobrir algo de excepcional, tanto que merecesse o rótulo dos bombons preferidos da sua lista: ferrero rocher, aqueles bombons franceses que se derretiam na boca dela... "Algo excepcionalmente bom!"
Lorena procurava uma lingerie ousada mas sofisticada, "- O que tem?"; o nome da marca ficou-lhe no ouvido e a certeza de que era aquilo quando tocou no tecido daquele corpete.
Havia cumplicidade no ar entre ela e a vendedora. Mês após mês lá ela dava um salto à loja para ver as novidades; e nisto passaram-se três anos em compras sucessivas da dita marca que a seduzia e que lhe deixava o namorado aos pés.
Um belo dia, em "conversas de mulheres", Lorena contou a uma amiga a lingerie que usava para ocasiões especiais plantando-lhe uma semente pequenina de curiosidade. Francisca, a amiga, pediu-lhe se era possível ter em mãos um catálogo da colecção seguinte; daí em diante tornaram-se confidentes de pormenores rendados!
Mais tarde, no entanto, Francisca não tinha hipótese de se dirigir à loja para ver as novidades de uma outra marca (que faz o maior esforço para se manter no pódio já que, só o nome, ainda a mantém), e pediu a Lorena uma ajuda.
Lorena dirirgiu-se à loja e pediu a gentileza de levar alguns artigos para a sua amiga experimentar mas não tinha a certeza dos tamanhos dela, pediu que levasse em dois tons - preto e vermelho - e em dois números diferentes também. Tal pedido levantou uma série de problemas e dificuldades quanto ao tempo de ausência dos produtos. Lorena sentiu-se indignada e ofendida; agravou o seu tom de voz, perguntou uma última vez se era possível ou não aceder ao seu pedido, a empregada disse que sim embora contrariada e Lorena saiu da loja olhando para a montra.
Porquê? Por ironia.
Eu explico: a senhora que a atendeu é daquele género de mulheres recatadas, cheias de preconceitos, definindo lingerie em cuecas e soutiens o maior possível, o mais básico, nas cores branco, champanhe e preto! Vermelho é cor do pecado, rendas nem pensar! Quando ela olhou para a montra não esperava ver outra coisa senão aquilo que realmente viu: pijamas com bonecos, adoráveis coelhinhos estampados em algodão!
Mulheres destas não têm coragem, sequer, de olhar para uma lingerie arrojada, de rendas, strings abertas em baixo, arcos de soutiens sem a copa, mostrando os mamilos dos seios das mulheres, corpetes acetinados ou com rendas, cintos de ligas, acessórios... no entanto nem um pingo há de vergonha quando olham de lado, quando julgam, quando criam intrigas entre a e b. "Isto é para putas!!!!", dirão!, diriam, se pudessem, em voz alta e em bom tom de se ouvir ao longe! Preferem a má língua, as intrigas do que a sedução, o amor, a paixão, o sexo! Sexo?!: ele por cima, ela por baixo; ele manda, ela faz mas desde que não sejam fellatios e nunca exprimentaram cunillingus. Não admira que depois se saiba o que se sabe...
Os tempos não mudam assim tanto; o que precisam é de livros!!
No dia seguinte, Lorena devolveu os artigos e esperou que a sua vendedora regressasse de férias para então resolver os seus quês e porquês quanto à lingerie e às escolhas da sua amiga.
Não se pode ter qualquer pessoa à frente de um balcão, seja ele de que tipo for, principalmente se se tratar de um balcão de lingerie; as vendedoras têm de estar conscientes que podem estar a atender a senhora mais requintada ou a mais reles, a dama ou a rameira, a menina, a adolescente, a esposa, a amante mas não deixam de ser mulheres! Se não são capazes de perceber isso por vocês mesmos procurem formação de atendimento ao público específico!
Lo-re-na... que mulher!!!
Lorena era uma mulher na casa dos seus vinte anos ainda, muito nova, muito doce, muito bela, muito sedutora; sabia aquilo que queria. Cabelo preto, comprido, de madeixas cor de ameixa soltas ao vento, uma pele de uma tez branca como a neve, olhos amendoados de um castanho escuro - quase negros, uma boca rosada, de lábios entreabertos, no limiar de se tocarem, um corpo que dança ao andar.
A primeira vez que entrara numa loja de lingerie, ria-se agora ao lembrar, ía tímida e expactante de descobrir algo de excepcional, tanto que merecesse o rótulo dos bombons preferidos da sua lista: ferrero rocher, aqueles bombons franceses que se derretiam na boca dela... "Algo excepcionalmente bom!"
Lorena procurava uma lingerie ousada mas sofisticada, "- O que tem?"; o nome da marca ficou-lhe no ouvido e a certeza de que era aquilo quando tocou no tecido daquele corpete.
Havia cumplicidade no ar entre ela e a vendedora. Mês após mês lá ela dava um salto à loja para ver as novidades; e nisto passaram-se três anos em compras sucessivas da dita marca que a seduzia e que lhe deixava o namorado aos pés.
Um belo dia, em "conversas de mulheres", Lorena contou a uma amiga a lingerie que usava para ocasiões especiais plantando-lhe uma semente pequenina de curiosidade. Francisca, a amiga, pediu-lhe se era possível ter em mãos um catálogo da colecção seguinte; daí em diante tornaram-se confidentes de pormenores rendados!
Mais tarde, no entanto, Francisca não tinha hipótese de se dirigir à loja para ver as novidades de uma outra marca (que faz o maior esforço para se manter no pódio já que, só o nome, ainda a mantém), e pediu a Lorena uma ajuda.
Lorena dirirgiu-se à loja e pediu a gentileza de levar alguns artigos para a sua amiga experimentar mas não tinha a certeza dos tamanhos dela, pediu que levasse em dois tons - preto e vermelho - e em dois números diferentes também. Tal pedido levantou uma série de problemas e dificuldades quanto ao tempo de ausência dos produtos. Lorena sentiu-se indignada e ofendida; agravou o seu tom de voz, perguntou uma última vez se era possível ou não aceder ao seu pedido, a empregada disse que sim embora contrariada e Lorena saiu da loja olhando para a montra.
Porquê? Por ironia.
Eu explico: a senhora que a atendeu é daquele género de mulheres recatadas, cheias de preconceitos, definindo lingerie em cuecas e soutiens o maior possível, o mais básico, nas cores branco, champanhe e preto! Vermelho é cor do pecado, rendas nem pensar! Quando ela olhou para a montra não esperava ver outra coisa senão aquilo que realmente viu: pijamas com bonecos, adoráveis coelhinhos estampados em algodão!
Mulheres destas não têm coragem, sequer, de olhar para uma lingerie arrojada, de rendas, strings abertas em baixo, arcos de soutiens sem a copa, mostrando os mamilos dos seios das mulheres, corpetes acetinados ou com rendas, cintos de ligas, acessórios... no entanto nem um pingo há de vergonha quando olham de lado, quando julgam, quando criam intrigas entre a e b. "Isto é para putas!!!!", dirão!, diriam, se pudessem, em voz alta e em bom tom de se ouvir ao longe! Preferem a má língua, as intrigas do que a sedução, o amor, a paixão, o sexo! Sexo?!: ele por cima, ela por baixo; ele manda, ela faz mas desde que não sejam fellatios e nunca exprimentaram cunillingus. Não admira que depois se saiba o que se sabe...
Os tempos não mudam assim tanto; o que precisam é de livros!!
No dia seguinte, Lorena devolveu os artigos e esperou que a sua vendedora regressasse de férias para então resolver os seus quês e porquês quanto à lingerie e às escolhas da sua amiga.
Não se pode ter qualquer pessoa à frente de um balcão, seja ele de que tipo for, principalmente se se tratar de um balcão de lingerie; as vendedoras têm de estar conscientes que podem estar a atender a senhora mais requintada ou a mais reles, a dama ou a rameira, a menina, a adolescente, a esposa, a amante mas não deixam de ser mulheres! Se não são capazes de perceber isso por vocês mesmos procurem formação de atendimento ao público específico!
27 novembro 2009
HAPPY HIPO
E quem é que não fica bem disposto com isto?!
Cliquem e apreciem
http://www.youtube.com/watch?v=tGJA0W-Yysk
depois digam-me se eu tenho razão ou não!!
XD
Cliquem e apreciem
http://www.youtube.com/watch?v=tGJA0W-Yysk
depois digam-me se eu tenho razão ou não!!
XD
25 novembro 2009
23 novembro 2009
mendigo
A chuva cai lá fora
e não é tão pouca quanto isso...
Tu és um mendigo de rua,
rôto e sujo,
e nem dás por isso...
A chuva que cai,
cai...
continua a cair...
e tu não dás por ela sequer...
...lava-te a cara
mas a alma de tão negra que está,
está empedernida de dor e mágoa...
Porque não te levantas daí
à procura de abrigo?
Que é do teu amigo de longa data?
Porque estás na rua, de mãos vazias
debaixo desta chuva,
nesta rua sem ninguém...?
Ninguém te vê,
ninguém te entende,
ninguém te conhece,
"-... ninguém merece!..."
A chuva parou
e o mendigo abandonou aquela rua;
agora ruma para outra qualquer
à procura de segurança
na esperança de encontrar uma sopa quente,
uma moeda na mão,
gente com coração!
e não é tão pouca quanto isso...
Tu és um mendigo de rua,
rôto e sujo,
e nem dás por isso...
A chuva que cai,
cai...
continua a cair...
e tu não dás por ela sequer...
...lava-te a cara
mas a alma de tão negra que está,
está empedernida de dor e mágoa...
Porque não te levantas daí
à procura de abrigo?
Que é do teu amigo de longa data?
Porque estás na rua, de mãos vazias
debaixo desta chuva,
nesta rua sem ninguém...?
Ninguém te vê,
ninguém te entende,
ninguém te conhece,
"-... ninguém merece!..."
A chuva parou
e o mendigo abandonou aquela rua;
agora ruma para outra qualquer
à procura de segurança
na esperança de encontrar uma sopa quente,
uma moeda na mão,
gente com coração!
18 novembro 2009
Maria Teresa
Maria Teresa era uma rapariguinha como tantas outras mas ruiva. Ruiva, sardenta, e um sorriso de orelha a orelha.
Mas Maria Teresa, Teresinha para a mamã, tinha qualquer coisa além daquela particular figura; algo nela causava a qualquer pessoa uma irritabilidade única quando a via, ou, na melhor das hipóteses, um ar de compaixão eterna. Aquele jeito dela desajeitado, o riso esganiçado, a pele quase cor-de-laranja, a fatiota sempre completa de xadrez e riscas verticais ou horizontais, consoante os dias, camisinha bem engomada, o casaco de lã feito pela avó, o perfume a flores delicadas... causava verdadeiras náuseas, mas pronto!
Teresinha até era engraçada... à noite! Quando a mamã, depois do jantar, a ia deitar com uma trança bem grossa, bem ruiva, de cada lado da cara arredondada, e dizia-lhe:
"- Boa noite Teresinha!"
"- Boa noite mamã."
"- A mamã gosta muito de ti, e o papá, e a avó, e o avô..."
"- Eu também gosto muito de todos vocês; dá-lhes outro beijinho meu quando fores para a sala ver a televisão."
"-Eu dou minha querida." disse a mãe com um beijo demorado na testa da menina, apagou a luz e saiu.
Teresinha acreditava que conseguia tocar nas estrelas enquanto se aninhava nos seus lençóis de flanela com os seus bonecos desenhados... e dizia-o a toda a gente. Claro está que, todos os outros meninos, ora gozavam com ela, ora se riam da patetice; mas a menina, apesar do desdém dos amiguinhos, sorria e continuava caminho, colhia flores a caminho de casa, e dava-as à avozinha que tinha o lanche preferido dela à sua espera, delicioso como sempre: croissants bem quentinhos, acabados de fazer, com pepitas de chocolate aqui e ali, a compota de frutos silvestres com um toque do licor preferido do avô, e o seu grande copo de leite.
Maria Teresa era feliz assim, não lhe importava aquilo que era por fora, embora gostasse das suas tranças ruivas e das suas sardas porque a tornavam diferente dos amiguinhos; a "vó" sempre lhe disse "- És uma menina linda, única, especial. As tuas tranças assim ruivas, e as tuas sardas fazem de ti alguém que mais ninguém consegue ser, e ter um dom que mais ninguém consegue alcançar. Teresinha, gosta de ti, sempre!..." Na casa dos avós havia uma lagoazinha com muitas flores em torno de si, onde os passarinhos chilreavam muito e as borboletas pairavam em todo o lado. Adorava ir até lá, deitar-se entre as ervas, respirar aquele ar de polén... no dia em que uma borboleta pousou na ponta arredondada do seu nariz, Teresinha sorriu, e achou que a avó tinha razão, e que nada nunca lhe faria tanta falta como as estrelas no céu e os avós por perto.
Se era diferente, melhor!
Mas Maria Teresa, Teresinha para a mamã, tinha qualquer coisa além daquela particular figura; algo nela causava a qualquer pessoa uma irritabilidade única quando a via, ou, na melhor das hipóteses, um ar de compaixão eterna. Aquele jeito dela desajeitado, o riso esganiçado, a pele quase cor-de-laranja, a fatiota sempre completa de xadrez e riscas verticais ou horizontais, consoante os dias, camisinha bem engomada, o casaco de lã feito pela avó, o perfume a flores delicadas... causava verdadeiras náuseas, mas pronto!
Teresinha até era engraçada... à noite! Quando a mamã, depois do jantar, a ia deitar com uma trança bem grossa, bem ruiva, de cada lado da cara arredondada, e dizia-lhe:
"- Boa noite Teresinha!"
"- Boa noite mamã."
"- A mamã gosta muito de ti, e o papá, e a avó, e o avô..."
"- Eu também gosto muito de todos vocês; dá-lhes outro beijinho meu quando fores para a sala ver a televisão."
"-Eu dou minha querida." disse a mãe com um beijo demorado na testa da menina, apagou a luz e saiu.
Teresinha acreditava que conseguia tocar nas estrelas enquanto se aninhava nos seus lençóis de flanela com os seus bonecos desenhados... e dizia-o a toda a gente. Claro está que, todos os outros meninos, ora gozavam com ela, ora se riam da patetice; mas a menina, apesar do desdém dos amiguinhos, sorria e continuava caminho, colhia flores a caminho de casa, e dava-as à avozinha que tinha o lanche preferido dela à sua espera, delicioso como sempre: croissants bem quentinhos, acabados de fazer, com pepitas de chocolate aqui e ali, a compota de frutos silvestres com um toque do licor preferido do avô, e o seu grande copo de leite.
Maria Teresa era feliz assim, não lhe importava aquilo que era por fora, embora gostasse das suas tranças ruivas e das suas sardas porque a tornavam diferente dos amiguinhos; a "vó" sempre lhe disse "- És uma menina linda, única, especial. As tuas tranças assim ruivas, e as tuas sardas fazem de ti alguém que mais ninguém consegue ser, e ter um dom que mais ninguém consegue alcançar. Teresinha, gosta de ti, sempre!..." Na casa dos avós havia uma lagoazinha com muitas flores em torno de si, onde os passarinhos chilreavam muito e as borboletas pairavam em todo o lado. Adorava ir até lá, deitar-se entre as ervas, respirar aquele ar de polén... no dia em que uma borboleta pousou na ponta arredondada do seu nariz, Teresinha sorriu, e achou que a avó tinha razão, e que nada nunca lhe faria tanta falta como as estrelas no céu e os avós por perto.
Se era diferente, melhor!
13 novembro 2009
gatos e sextas-feiras treze
As crenças em que todos nós acreditamos...
Muitos de nós não podem ouvir falar da sexta-feira 13 - que dá azar. Neste dia adopta-se uma quantidade de atitutes contra o azar que contado ninguém acredita... Evitar, por exemplo, cruzar-se com um gato preto - como se isso fosse possivel! Os gatos têm vontade própria!!
Consta que na idade média os gatos pretos eram as bruxas transformadas em animais.
Por isso a tradição diz que tal encontro dá azar de certeza. Eu só gosto deles pretos... significará isso que sou uma bruxa e não sei?!
Os místicos, no entanto, têm outra versão: quando um gato preto entra em casa dizem que é sinal de dinheiro a chegar - neste caso isso é que é azar!! Matei tantos em míuda, ando sempre a espanta-los e os pretos não se chegam...
Ah!, e que acariciar um gato atrai boa sorte - mas só a quem eles deixam chegar perto porque desde miuda que não há gato que goste de mim.
A históra deste mistério todo e a razão para tanta crendice começa logo no número: 13 (treze) é um número de infortúnio, enquanto doze é um número de algo completo; o dia da semana também não ajuda, regra geral é um dia de azar.
As histórias são muitas...
Umas referem a Última Ceia - Jesus Cristo e os 12 apóstolos, um total de treze pessoas em torno da mesa... Duas delas acabaram por morrer, Jesus e Judas Iscariotes, de forma trágica; o primeiro por crucificação, o segundo por suicídio.
Outras fazem crer que o dia teve origem a dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, aquando da declaração da ilegalidade da Ordem dos Templários pelo rei Felipe IV de França, muitos deles além de presos e mutilados foram ainda mortos por heresia.
Uma das mais vulgares é a captura e queima de eventuais treze bruxas numa sexta-feira mas que de momento não me recordo... assim que saiba alguma coisa escreverei.
Muitos de nós não podem ouvir falar da sexta-feira 13 - que dá azar. Neste dia adopta-se uma quantidade de atitutes contra o azar que contado ninguém acredita... Evitar, por exemplo, cruzar-se com um gato preto - como se isso fosse possivel! Os gatos têm vontade própria!!
Consta que na idade média os gatos pretos eram as bruxas transformadas em animais.
Por isso a tradição diz que tal encontro dá azar de certeza. Eu só gosto deles pretos... significará isso que sou uma bruxa e não sei?!
Os místicos, no entanto, têm outra versão: quando um gato preto entra em casa dizem que é sinal de dinheiro a chegar - neste caso isso é que é azar!! Matei tantos em míuda, ando sempre a espanta-los e os pretos não se chegam...
Ah!, e que acariciar um gato atrai boa sorte - mas só a quem eles deixam chegar perto porque desde miuda que não há gato que goste de mim.
A históra deste mistério todo e a razão para tanta crendice começa logo no número: 13 (treze) é um número de infortúnio, enquanto doze é um número de algo completo; o dia da semana também não ajuda, regra geral é um dia de azar.
As histórias são muitas...
Umas referem a Última Ceia - Jesus Cristo e os 12 apóstolos, um total de treze pessoas em torno da mesa... Duas delas acabaram por morrer, Jesus e Judas Iscariotes, de forma trágica; o primeiro por crucificação, o segundo por suicídio.
Outras fazem crer que o dia teve origem a dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, aquando da declaração da ilegalidade da Ordem dos Templários pelo rei Felipe IV de França, muitos deles além de presos e mutilados foram ainda mortos por heresia.
Uma das mais vulgares é a captura e queima de eventuais treze bruxas numa sexta-feira mas que de momento não me recordo... assim que saiba alguma coisa escreverei.
12 novembro 2009
11 novembro 2009
Ociosidades
Desculpa lá, não aguento mais!!!
Podes ter os defeitos todos do mundo desde que nunca me mintas, que nunca me traias, que nunca me abandones, que nunca te esqueças de mim.
Podes ser um ser que respira ócio!
Podes ser um ser com uma língua afiada!
Podes ser um ser que não respeita nada, nem cadeiras!
Podes ser mas não sejas...
Peço-te pelo que te for mais querido, mais valioso, que não mudes nunca para pior.
Porque vou ao teu blogue e a minha alma rejuvenesce-se! Às vezes, quando não me apetece os KINGS OF LEON, vou ao teu blogue, ligo o som e deixo-me ficar por ali a ouvir os U2 ou os COLDPLAY... porque, quando desligo o computador ou tenho de fechar a janela, sinto-me com uma outra carga na alma; por irónico que seja - talvez seja uma carga de hélio - a minha alma fica mais leve, sinto-me como nova! ;)
As tuas palavras fazem-me bem. Inspiram-me a não me deixar cair no esquecimento e a enaltecer o meu ego!
Em nome dos velhos tempos de infância,
Saudades primo*
Podes ter os defeitos todos do mundo desde que nunca me mintas, que nunca me traias, que nunca me abandones, que nunca te esqueças de mim.
Podes ser um ser que respira ócio!
Podes ser um ser com uma língua afiada!
Podes ser um ser que não respeita nada, nem cadeiras!
Podes ser mas não sejas...
Peço-te pelo que te for mais querido, mais valioso, que não mudes nunca para pior.
Porque vou ao teu blogue e a minha alma rejuvenesce-se! Às vezes, quando não me apetece os KINGS OF LEON, vou ao teu blogue, ligo o som e deixo-me ficar por ali a ouvir os U2 ou os COLDPLAY... porque, quando desligo o computador ou tenho de fechar a janela, sinto-me com uma outra carga na alma; por irónico que seja - talvez seja uma carga de hélio - a minha alma fica mais leve, sinto-me como nova! ;)
As tuas palavras fazem-me bem. Inspiram-me a não me deixar cair no esquecimento e a enaltecer o meu ego!
Em nome dos velhos tempos de infância,
Saudades primo*
"FILHO ÉS, PAI SERÁS."
Vou na rua, longe das ideias, longe dos sentidos, longe de tudo, até de casa!
Passo por uma escola e as vozes dos miudos parecem longínquas embora o meu caminho esteja traçado no meio deles.
Ouve-se um burburinho irritante, sente-se um cheiro nauseabundo, a imagem que o meu cérebro capta é pura degradação: as calças até aos joelhos, os boxers largos - deve ser da insegurança que sentem devido ao tamanho dos seus pénis jovens ainda sem pêlos -, camisolas largas ou demasiado justas a tentar fazer sonhar com os músculos dos braços e os peitos bem definidos que se verão um dia destes; elas, miudinhas sem graça, vestem-se com o último grito da moda sem se olharem ao espelho com os trapos acabadinhos de comprar.
Uma velhota passa, de costas corcundas, lenço na cabeça, saia até às canelas, casaco sobre as costas de uma lã mais velha que ela e já rota, as mãos cansadas amparam-se na bengala, a cara marcada de rugas, o andar pesado; a linguagem obscena e ofensiva dos adolescentes, que se deixam ficar por ali a marcar ponto das aulas de geografia ou português ou moral ou qualquer outra, desde que esteja estipulada para aquela hora em que não lhes apetece nada ouvir uma cota a falar, a falar de coisas que não lhes interessam, aumenta acompanhando a aproximação da velhota.
Solta-se uma gargalhada, a galhofa é promíscua e vergonhosa, a velhota passa e deixa sair um resmungo entre dentes, amaldiçoando esta juventude sem futuro; reza para os que netos não sejam iguais. A "malta nova" goza...
Que é feito dos valores morais?
Que se passa com esta juventude que não respeita nada nem ninguém?
Onde estãos os pais que não os educam como foram educados na sua criação?
"FILHO ÉS, PAI SERÁS."
Passo por uma escola e as vozes dos miudos parecem longínquas embora o meu caminho esteja traçado no meio deles.
Ouve-se um burburinho irritante, sente-se um cheiro nauseabundo, a imagem que o meu cérebro capta é pura degradação: as calças até aos joelhos, os boxers largos - deve ser da insegurança que sentem devido ao tamanho dos seus pénis jovens ainda sem pêlos -, camisolas largas ou demasiado justas a tentar fazer sonhar com os músculos dos braços e os peitos bem definidos que se verão um dia destes; elas, miudinhas sem graça, vestem-se com o último grito da moda sem se olharem ao espelho com os trapos acabadinhos de comprar.
Uma velhota passa, de costas corcundas, lenço na cabeça, saia até às canelas, casaco sobre as costas de uma lã mais velha que ela e já rota, as mãos cansadas amparam-se na bengala, a cara marcada de rugas, o andar pesado; a linguagem obscena e ofensiva dos adolescentes, que se deixam ficar por ali a marcar ponto das aulas de geografia ou português ou moral ou qualquer outra, desde que esteja estipulada para aquela hora em que não lhes apetece nada ouvir uma cota a falar, a falar de coisas que não lhes interessam, aumenta acompanhando a aproximação da velhota.
Solta-se uma gargalhada, a galhofa é promíscua e vergonhosa, a velhota passa e deixa sair um resmungo entre dentes, amaldiçoando esta juventude sem futuro; reza para os que netos não sejam iguais. A "malta nova" goza...
Que é feito dos valores morais?
Que se passa com esta juventude que não respeita nada nem ninguém?
Onde estãos os pais que não os educam como foram educados na sua criação?
"FILHO ÉS, PAI SERÁS."
09 novembro 2009
Há dias...
Levantei-me de manhã um bocado apática, sem cor, sem cheiro, com uma dor pelo corpo todo - dia sim, dia não bate-me à porta este mau-estar, este sentimento enfadonho, este enjoo... - dispo o pijama, lavo a cara, tomo o pequeno-almoço e escolho qual o trapo que vestirei o dia todo... saio de casa a caminho do trabalho, vou a pé. Ao menos hoje deu-me para isso: ir a pé para o trabalho e levar o carro para o trabalho só depois da horea de almoço por causa da noite que não tarda muito a chegar.
Odeio-me quando me sinto assim com um ócio que me consome até a alma... nem sei donde vem esta mesquinhice!!! Desperta-me uma certa irritação e uma vontade de mandar tudo para o outro lado.
Mas não é o que vou fazer, vou acabar este desabafo, vou almoçar e, quando regressar, sorrirei a tarde toda - à noite serei compensada pela alegria de ver o chamado "milagre da vida" - irei ver o meu afilhado lindo.
É o bem que compensa todos os sacríficios.
Odeio-me quando me sinto assim com um ócio que me consome até a alma... nem sei donde vem esta mesquinhice!!! Desperta-me uma certa irritação e uma vontade de mandar tudo para o outro lado.
Mas não é o que vou fazer, vou acabar este desabafo, vou almoçar e, quando regressar, sorrirei a tarde toda - à noite serei compensada pela alegria de ver o chamado "milagre da vida" - irei ver o meu afilhado lindo.
É o bem que compensa todos os sacríficios.
04 novembro 2009
03 novembro 2009
DIA APÓS DIA
Amélia! Oh minha querida...
Amélia é uma apaixonada, uma romântica, uma sonhadora.
Todo o santo dia Amélia dirige-se ao computador, dá uma espreitadela na net, volta a fechar as janelas, desliga o computador. Dia após dia é um ritual que não se altera seja pelo que for.
Sem grandes espectativas, sem grandes esperanças, ou mesmo bem disfarçadas, dá um sorriso à falta de novidades na sua caixa postal online, no HI5, MSN...
Levanta-se, vai dar uma volta.
Dia após dia sempre a mesma rotina a horas.
Amélia é uma apaixonada, uma romântica, uma sonhadora.
Todo o santo dia Amélia dirige-se ao computador, dá uma espreitadela na net, volta a fechar as janelas, desliga o computador. Dia após dia é um ritual que não se altera seja pelo que for.
Sem grandes espectativas, sem grandes esperanças, ou mesmo bem disfarçadas, dá um sorriso à falta de novidades na sua caixa postal online, no HI5, MSN...
Levanta-se, vai dar uma volta.
Dia após dia sempre a mesma rotina a horas.
30 outubro 2009
Trocas e baldrocas dos casamentos
Vou rua abaixo, na rua calcetada e mais ou menos movimentada, descontraída, nesta tarde envergonhada de Outono; há crianças a brincar, rapariguinhas adolescentes em conversas banais das idades delas - quase nunca se vêm rapazes na rua a cochicharem -, homens velhos sentados nas cadeiras da esplanada do café, velhas que se dirigem à igreja para a limpeza semanal da igreja. Duas senhoras de meia idade comentam que a mulher amiga de uma delas acabou de descobrir que o marido a traía com uma brasileira e que acabou por troca-la por essa dita mulher que veio do outro lado do oceano.
Para elas, essa mulher, de nacionalidade brasileira, vamos chamá-la de Maribelle, veio simplesmente para isso: deu-se ao trabalho de atravessar quase meio mundo para se meter entre um casal casado à uns bons vinte anos, com dois filhos que já namoram, um até já tem a casa quase pronta para o dia do casamento, logo o marido dela, foi logo chegar à terra dela, morar na terra dela, trabalhar na terra dela, conhecer o marido dela e encantá-lo. Logo a ele... porque não o da vizinha emproada?! Até tem uns bons vinte quilos a menos, e usa deodorant, faz a barba todos os dias, e anda sempre bem arranjado e cheiroso... mas não!! A Maribelle foi logo, logo interessar-se por ele!!
Embarca no avião, esperançada de uma vida melhor a aguardar a sua chegada no aeroporto. Quer mandar dinheiro à mãe que vende mandioca e água de coco no paredão da prainha para ajudar os cinco irmãos também.
Chega a Portugal. Não é bem o paraíso que ela pensava e nem todos os portugueses, ou melhor, as portuguesas a recebem como ela esperava. Há cíume, há inveja, há desconfiança. As pessoas dos meios pequenos temem sempre mais do que necessário pelo pouco que já têm...
Chegou à terrinha e conheceu, vamos chamá-lo, Fernando. Um homem na casa dos seus cinquenta anos, Maribelle terá os seus trinta e muitos, talvez quarenta; encantador, de bigode farfalhudo, e uma risada estonteante.
O amor acontece. Ou não...
Às vezes a tentação é muito maior e o desejo carnal é avassalador, supera moralidades e convencionalismos; e ninguém lê o que vai na cabeça da outra... a mulher, a esposa, mãe dos dois filhos dele, sente-se insegura. Começam as discussões dia sim, dia sim. Mais cedo ou mais tarde, Fernando concretiza aquilo que a mulher dele mais temia, chamemo-la Almerinda, o marido saiu de casa; fez as malas dele, pela primeira vez, ele soube dobrar a sua roupa como deve ser e fazer as suas próprias malas, coisa que nunca acontecera antes. Almerinda fica sozinha numa casa que dia após dia lhe parece ainda maior que na primeira vez que entrou nela após o dia do casamento, na noite de núpcias, à vinte e tantos anos atrás.
É uma situação... uma espécie de "pau de dois bicos". Por um lado um casamento desfeito, por outro uma felicidade fresca de um recém casal. De quem é a culpa? ...
Almerinda é como as duas mulheres que falavam dela na rua - de certa idade, com uma mentalidade muito peculiar, muito própria dos meios pequenos. conservadora. É uma mulher chamada "de respeito", e que alega que "os homens são todos iguais, não podem ver um rabo de saias... ela enfeitiçou-o!"...
Todavia, se Almerinda visse, por exemplo, a filha dela... a filha de vinte e poucos anos, que depila o buço, as axilas, as pernas, as virilhas, arranja as sobrencelhas, vai à manicure, à pedicure, compra os seus cremes faciais e corporais, maquilha-se, vai ao cabeleireiro uma vez de tempos a tempos, veste-se bem... cuida dela, mima-se. Compra lingerie arrojada, desafia o companheiro....
Então, talvez por aí, visse que tem a sua parte de culpa da ruptura do casamento que pensou ser para toda a vida..."Os tempos são outros", dizem! Pois são! Por isso mesmo! Por essa razão mesma deviam olhar mais para si antes de só verem, e pensarem, e sentirem, e respirarem o marido que têm. Estimá-lo não passa por tanto exagero, além disso se não gostarem de si mesmas não poderam nunca gostar do homem que têm.
Mas também há, aquele homem, que não quer nem deixa que a mulher se rape, sequer.
Para mais tarde, olhar para outra mulher qualquer, indenpendentemente da nacionalidade dela, e gostar de uma axila lisinha, uma virilha toda ou quase toda depilada, umas pernas lisas, suaves, um buço inexistente, sobrancelhas arranjadas, e uma lingerie daquelas... sabem, aquelas das netinhas; tipo campanha: "FOGO ÀS CUECAS DA AVÓ!!"; "VIVA AO FIO DENTAL!!".
Voltando um pouco à mentalidade feminina, antes que me esqueça, sabem qual é o verdadeiro problema destas mulheres casadas uma vida inteira? É esquecerem-se que são mulheres; preferem falar da vida d'umas e d'outras e esquecem-se da sua própria natureza.
A lingerie arrojada sempre existiu, claro que, dentro da evolução dos seus tempos, não se pode comparar um simples cinto de liga dos anos '60 (ver imagem ao vosso lado direito) com um dos nossos tempos...
No entanto, estas mulheres maduras, vividas preferem mesmo a má língua do que surpreenderem-se a si mesmas ao comprar um mimo deste tipo ou de qualquer outro.
Qual é o problema?! Os pormenores fazem TODA a diferença, um corpete de tempos a tempos, um cinto de ligas, uma string ou uma tai nesta ou naquela cor com um laço aqui, uma renda ali, uma abertura secreta entre nas cuecas - não são essas mesmas senhoras que afirmam que sabem muito bem como são os homens? Então provem-no!
Mulheres - amem-se, valorizem-se!!
Homens - olhem para o que têm em casa todos os dias...
Uma mulher só porque é mulher não deixa de ter os seus próprios desejos sexuais nem sequer esquece a sua feminilidade.
Não são só os homens que têm desejo nem tesão.
NATAL
"- O QUE É QUE TU QUERES PARA O NATAL?"
"- HUMM..."
"- VÁ DIZ LÁ!..."
"- JÁ SEI!! QUERO O PAI NATAL!!!
ASSIM TENHO SEMPRE PRENDAS TODO O ANO!!!"
"- HUMM..."
"- VÁ DIZ LÁ!..."
"- JÁ SEI!! QUERO O PAI NATAL!!!
ASSIM TENHO SEMPRE PRENDAS TODO O ANO!!!"
28 outubro 2009
EU SOU!
Eu sou aquilo que tu quiseres!
Eu posso!
Eu sou!
E não tenho pombo correio
nem moço de recados
mas arranco uma pena ao peito do pássaro cantante
e escrevo os meus pecados em letra honrosa,
cuidada, estudada.
A lição sei-a de cor
porque sou!
Tu não passas de um boneco de trapos ou de fios
pendurado por pausinhos
comandados por outrém!
Perdão!
Que horrorosa pessoa sou eu
que o meu entendimento se remete a palavras!
Palavras... levam-nas o vento, de facto!
E fatos eu não visto
mas também não minto
quando digo que sou
aquilo que eu e tu e qualquer outro quiser!
Porque sou mulher
e sou o que sou por ser quem sou!!
Eu posso!
Eu sou!
E não tenho pombo correio
nem moço de recados
mas arranco uma pena ao peito do pássaro cantante
e escrevo os meus pecados em letra honrosa,
cuidada, estudada.
A lição sei-a de cor
porque sou!
Tu não passas de um boneco de trapos ou de fios
pendurado por pausinhos
comandados por outrém!
Perdão!
Que horrorosa pessoa sou eu
que o meu entendimento se remete a palavras!
Palavras... levam-nas o vento, de facto!
E fatos eu não visto
mas também não minto
quando digo que sou
aquilo que eu e tu e qualquer outro quiser!
Porque sou mulher
e sou o que sou por ser quem sou!!
27 outubro 2009
Lua, lua...
Lua, lua que me acompanhas nesta noite tão escura
e pareces descer do céu para te encontrar comigo no horizonte
entre o nevoeiro cerrado, às escondidas...
Lua, lua
sua menina atrevida, sua traquina, sua reguila,
espreitas-me entre essas nuvens escuras do céu desta noite enevoada
e, mesmo envergonhada,
mandas-me um beijo até eu chegar ao firmamento
para te puder finalmente tocar.
Lua, lua...
que te encantas com o meu ronronar de gata assanhada,
sua lua devassa!
e pareces descer do céu para te encontrar comigo no horizonte
entre o nevoeiro cerrado, às escondidas...
Lua, lua
sua menina atrevida, sua traquina, sua reguila,
espreitas-me entre essas nuvens escuras do céu desta noite enevoada
e, mesmo envergonhada,
mandas-me um beijo até eu chegar ao firmamento
para te puder finalmente tocar.
Lua, lua...
que te encantas com o meu ronronar de gata assanhada,
sua lua devassa!
21 outubro 2009
MULHERES
Eu não tenho medo!!
O meu sangue é veneno
e eu vou em frente!
Sem armas, sem cavalo,
hei-de subir as ameias daquele castelo
e matar o mouro,
mostrá-lo a quem quiser ver.
Serei vento, serei tempo,
donzela vestida com meias de liga,
cortesã sem quaisquer maneiras.
Serei louca, serei mouca
e na mão, o pano do estandarte,
que levanto aos céus para que se veja bem ao longe,
é feito dos véus rasgados
dessas meninas tímidas
de fatos molhados entre as pernas.
Quando a alvorada for denunciada
pelo galo pomposo da quinta
as quinas estarão bordadas no regaço
dessa guerreira, dessa rameira, dessa mulher,
que luta por tudo até ao fim.
O meu sangue é veneno
e eu vou em frente!
Sem armas, sem cavalo,
hei-de subir as ameias daquele castelo
e matar o mouro,
mostrá-lo a quem quiser ver.
Serei vento, serei tempo,
donzela vestida com meias de liga,
cortesã sem quaisquer maneiras.
Serei louca, serei mouca
e na mão, o pano do estandarte,
que levanto aos céus para que se veja bem ao longe,
é feito dos véus rasgados
dessas meninas tímidas
de fatos molhados entre as pernas.
Quando a alvorada for denunciada
pelo galo pomposo da quinta
as quinas estarão bordadas no regaço
dessa guerreira, dessa rameira, dessa mulher,
que luta por tudo até ao fim.
20 outubro 2009
Chuva
Chove a potes!! Mas chove mesmo a sério!!!
Levantei-me mais cedo hoje mas enquanto estive deitada na cama a ganhar coragem, a fazer ronha, não me apercebi de que chovia sequer... gosto tanto de estar deitada na minha cama a ouvir chover...
Bem... levantei-me, vesti-me, tomei o pequeno-almoço e dei uma corrida até ao carro - gesto comum a muita gente que não tem o carro na bela da garagem - debaixo desta chuva que madrugou com o dia de hoje...
Não 'tá frio!! (ao menos isso)
mas chove mesmo a sério...
Levantei-me mais cedo hoje mas enquanto estive deitada na cama a ganhar coragem, a fazer ronha, não me apercebi de que chovia sequer... gosto tanto de estar deitada na minha cama a ouvir chover...
Bem... levantei-me, vesti-me, tomei o pequeno-almoço e dei uma corrida até ao carro - gesto comum a muita gente que não tem o carro na bela da garagem - debaixo desta chuva que madrugou com o dia de hoje...
Não 'tá frio!! (ao menos isso)
mas chove mesmo a sério...
19 outubro 2009
tpm?!
Acordei de manhã com um dor de cabeça insuportável. Na verdade, é tão insignificante, que nem se pode chamar de dor mas de uma moinha, uma pressão constante, tão insignificante que é. Todavia não deixa de incomodar.
Vai e vem...
... fecho os olhos, e ela permanece lá na mesma, constante.
Estou sem paciência.
Apetece-me deitar um pouco na minha cama, tão bem feita pela manhã, sem uma ponta desalinhada (ao contrário do meu próprio cabelo), com os estores fechados até cima, sem um único buraco a atrever-se deixar passar a luz do dia, a porta fechada e o silêncio em redor.
Apetece-me fechar os olhos lá... entregar-me ao cansaço nos lençóis de flanela, deixar-me adormecer. Dormir até amanhã de manhã.
Sinto as minhas olheiras a inchar e pesarem-me a expressão da cara...
... olho-me ao espelho e o reflexo não é tão-pouco convidativo...
... ao fundo da barriga tenho aquela dor do final das três semanas idêntica áquele mau-estar de domingo à noite, antes de ir dormir...
... vou à casa de banho com um penso no bolso mas as minhas cuecas estão intactas, quase imaculadas como as de uma virgem!
(há-que ser irónica nestas horas)
Quero ir para casa!!! Se não puder ir para a minha cama mais cedo, quero o meu duche quente!!!!!
Vai e vem...
... fecho os olhos, e ela permanece lá na mesma, constante.
Estou sem paciência.
Apetece-me deitar um pouco na minha cama, tão bem feita pela manhã, sem uma ponta desalinhada (ao contrário do meu próprio cabelo), com os estores fechados até cima, sem um único buraco a atrever-se deixar passar a luz do dia, a porta fechada e o silêncio em redor.
Apetece-me fechar os olhos lá... entregar-me ao cansaço nos lençóis de flanela, deixar-me adormecer. Dormir até amanhã de manhã.
Sinto as minhas olheiras a inchar e pesarem-me a expressão da cara...
... olho-me ao espelho e o reflexo não é tão-pouco convidativo...
... ao fundo da barriga tenho aquela dor do final das três semanas idêntica áquele mau-estar de domingo à noite, antes de ir dormir...
... vou à casa de banho com um penso no bolso mas as minhas cuecas estão intactas, quase imaculadas como as de uma virgem!
(há-que ser irónica nestas horas)
Quero ir para casa!!! Se não puder ir para a minha cama mais cedo, quero o meu duche quente!!!!!
15 outubro 2009
PERUS
"- OLHA ALI!"
"- O QUÊ?"
"- OS PERUS!"
"- AONDE?"
"- NA CAMIONETA!"
"- MAS QUAIS?! OS ANIMAIS1 OU..."
OUTRA GARGALHADA...
"- SIM OS ANIMAIS!"
________________________________
1- CONHEÇO ALGUÉM QUE TEM A ALCUNHA DE PERU E POR CONSEGUINTE TODA A FAMILIA TAMBÉM; COMO SÃO PESSOAS DE FAZER TODO O TIPO DE COISAS QUE NÃO PASSA PELA CABEÇA DE NINGUÉM E COMO VINHA NA OUTRA FAIXA UMA CARRINHA DE CAIXA ABERTA ASSOCIEI QUE PUDESSE IR ALI MAS AFINAL ESTAVA ERRADA; ELA REFERIA-SE À CARGA DE PERUS QUE ESTAVA PARADA NA BORDA DA ESTRADA.
"- O QUÊ?"
"- OS PERUS!"
"- AONDE?"
"- NA CAMIONETA!"
"- MAS QUAIS?! OS ANIMAIS1 OU..."
OUTRA GARGALHADA...
"- SIM OS ANIMAIS!"
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1- CONHEÇO ALGUÉM QUE TEM A ALCUNHA DE PERU E POR CONSEGUINTE TODA A FAMILIA TAMBÉM; COMO SÃO PESSOAS DE FAZER TODO O TIPO DE COISAS QUE NÃO PASSA PELA CABEÇA DE NINGUÉM E COMO VINHA NA OUTRA FAIXA UMA CARRINHA DE CAIXA ABERTA ASSOCIEI QUE PUDESSE IR ALI MAS AFINAL ESTAVA ERRADA; ELA REFERIA-SE À CARGA DE PERUS QUE ESTAVA PARADA NA BORDA DA ESTRADA.
COMER GELADO É IGUAL A BEBER ÁGUA EM SEGUIDA
"- OLHA TENHO SEDE... NÃO VAIS ALI BUSCAR-ME UM COPO COM ÁGUA?"
"- AONDE?!"
"- ALI NAQUELE PILAR TEM LÁ UM JARRO COM ÁGUA E COPOS.
OH VÁ LÁ... EU FUI BUSCAR O GELADO!"
"- ENTÃO E SE O JARRO ESTIVER VAZIO?"
"- NÃO 'TÁ NADA!"
"- E SE TIVER?"
"- PEDES PARA ENCHER!"
***
"- ´TÁ VAZIO!!
PODE ENCHER-ME O JARRO SE FAZ FAVOR, ´TÁ VAZIO."
"- AH NÃO POSSO... ACABOU A ÁGUA DA TORNEIRA!"
***
"- VÁ BEBE LÁ!"
"- AONDE?!"
"- ALI NAQUELE PILAR TEM LÁ UM JARRO COM ÁGUA E COPOS.
OH VÁ LÁ... EU FUI BUSCAR O GELADO!"
"- ENTÃO E SE O JARRO ESTIVER VAZIO?"
"- NÃO 'TÁ NADA!"
"- E SE TIVER?"
"- PEDES PARA ENCHER!"
***
"- ´TÁ VAZIO!!
PODE ENCHER-ME O JARRO SE FAZ FAVOR, ´TÁ VAZIO."
"- AH NÃO POSSO... ACABOU A ÁGUA DA TORNEIRA!"
***
"- VÁ BEBE LÁ!"
COLEGA COM A NAMORADA
"- OLHA 'TÁ ALI O TEU COLEGA COM A NAMORADA."
"- HÃ? QUEM?"
"- O ******. NÃO É ELE?"
"- AONDE?!"
"- Ó PAH SAI DAÍ!! OH VALHA-ME DEUS!!"
"- MAS QUAL, O DE CARAPUÇO?"
"- ENTÃO NÃO É BONÉ?!"
"- ENTÃO TU SABES O QUE É QUE ACONTECEU?..."
"- NÃO."
"- ENTÃO NÃO É QUE..."
"- HÃ? QUEM?"
"- O ******. NÃO É ELE?"
"- AONDE?!"
"- Ó PAH SAI DAÍ!! OH VALHA-ME DEUS!!"
"- MAS QUAL, O DE CARAPUÇO?"
"- ENTÃO NÃO É BONÉ?!"
"- ENTÃO TU SABES O QUE É QUE ACONTECEU?..."
"- NÃO."
"- ENTÃO NÃO É QUE..."
ILHAS
" - A MÃE DELE É QUE GOSTA DE ILHAS."
" - ILHAS? MAS QUAIS?! DOS AÇORES OU...?"
"- ??..."
SOLTOU-SE UMA GARGALHADA DAQUELAS IMPOSSÍVEL DE CONTER....
"- NÃO!! NÃO SABES O QUE SÃO? É UM DOCE, PARECIDO COM A MOLLOTOF MAS EM FORMAS MAIS PEQUENAS E COM BOCADINHOS DE AMÊNDOA POR CIMA."
" - ENTÃO MAS ISSO NÃO SÃO FARÓFIAS?! AH NÃO! AS FARÓFIAS SÃO FEITAS COM AZEITE!!"
"- HÃ?! AI É? HÃ?!!"
É IMPOSSÍVEL EVITAR UMA GARGALHADA COM UMA CONVERSA DESTAS E COM SORTE NÃO VÊM AS LÁGRIMAS AOS OLHOS.
" - ILHAS? MAS QUAIS?! DOS AÇORES OU...?"
"- ??..."
SOLTOU-SE UMA GARGALHADA DAQUELAS IMPOSSÍVEL DE CONTER....
"- NÃO!! NÃO SABES O QUE SÃO? É UM DOCE, PARECIDO COM A MOLLOTOF MAS EM FORMAS MAIS PEQUENAS E COM BOCADINHOS DE AMÊNDOA POR CIMA."
" - ENTÃO MAS ISSO NÃO SÃO FARÓFIAS?! AH NÃO! AS FARÓFIAS SÃO FEITAS COM AZEITE!!"
"- HÃ?! AI É? HÃ?!!"
É IMPOSSÍVEL EVITAR UMA GARGALHADA COM UMA CONVERSA DESTAS E COM SORTE NÃO VÊM AS LÁGRIMAS AOS OLHOS.
CAFÉ DEPOIS DO JANTAR
"- VÁ ANDA!! DESPACHA-TE, VAMOS BEBER CAFÉ."
"- QUE HORAS SÃO? HÃ?! DEZ HORAS1 ?!"
"- NÃO, NÃO, ISSO É IMPRESSÃO TUA. VÁ 'BORA LÁ!"
"- LEVAS A MALA?"
"- NÃO; SÓ A CARTEIRA E O TELEMÓBVEL. AS CHAVES LEVAS TU"
CHAVE NA PORTA...
"- AI ESPERA AÍ!! NÃO PUS PERFUME!!"
... MÃO NA TESTA DA CABEÇA QUE SE ABANA EM SINAL DE DESAPROVAÇÃO, DE RISO E UM"NÃO-SEI-QUÊ"
_______________________________
1 - DEZ HORAS DA NOITE, OU SEJA, VINTE E DUAS HORAS
"- QUE HORAS SÃO? HÃ?! DEZ HORAS1 ?!"
"- NÃO, NÃO, ISSO É IMPRESSÃO TUA. VÁ 'BORA LÁ!"
"- LEVAS A MALA?"
"- NÃO; SÓ A CARTEIRA E O TELEMÓBVEL. AS CHAVES LEVAS TU"
CHAVE NA PORTA...
"- AI ESPERA AÍ!! NÃO PUS PERFUME!!"
... MÃO NA TESTA DA CABEÇA QUE SE ABANA EM SINAL DE DESAPROVAÇÃO, DE RISO E UM"NÃO-SEI-QUÊ"
_______________________________
1 - DEZ HORAS DA NOITE, OU SEJA, VINTE E DUAS HORAS
14 outubro 2009
2º AGRUPAMENTO DE ARTES ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ
Há coisas que não se compreendem porque são simplesmente uma falta de respeito!!
O que é que aconteceu ao agrupamento de artes da escola secundária?!?!
ACABOU!! ACABOU??!! Como asssim?!
Eu frequentei a escola secundária da Lourinhã nos anos lectivos 2002/2003; 2003/2004; 2004/2005 no agrupamento ARTES e atrevo-me a dizer que foram os únicos anos em que se viveu o ambiente artístico, especialmente em 2003/2004 com a professora Teresa Serrano!
Quando me matriculei, e durante a minha estadia, frequentei as aulas das disciplinas OFICINA DE ARTES, MTEP'S (materiais e técnicas de expressão plástica), HISTÓRIA DE ARTE, DESENHO E GEOMETRIA, entre as gerais de todos os agrupamentos.
Há uns tempos, numa conversa banal com uma miuda, veio à toa o ano escolar que frequenta e a área que escolheu ao que ela me respondeu, inocentemente, que não está em ARTES porque a escola secundária não abriu esse agrupamento com a desculpa da falta de alunos, embora segundo essa mesma moça, isso não seja verdade!
Senti-me... sem chão! Senti a força faltar-me às pernas, enjoada, se tivesse andado ou simplesmente mexido os meus pés teria, de certo, cambaleado!
Não sei se diga então o que soubera à dias atrás.
É horrivel quando se toma conhecimento de coisas graves numa suposta conversa banal entre cafés e piadas e histórias contadas.
Pois, sem esperar, um casal amigo apareceu no bar onde eu estava a beber um café com a minha mãe e convidei-os a sentarem-se naquela mesa; e assim foi, conversámos, conhecemo-nos melhor e fiquei a saber que o segundo agrupamento desta escola já só tem dois anos lectivos confirmando-se a história que vos contei ainda agora e... os alunos do 12º ano não têm TEORIA DE DESIGN já vai para dois anos, salvo erro - o quê?! Que bases tem um aluno que se inscreva na faculdade para seguir design se nunca passou os olhos pelas noções mais básicas?! Ah!!! Mas a melhor ainda está para vir: os alunos do 11º ano não têm OFICINA DE ARTES nem MTEP'S nem HISTÓRIA DE ARTE!!!
ISTO É INADMISSÍVEL!!!!!
COMO É QUE É POSSÍVEL???!!!
A situação da disciplina HISTÓRIA DE ARTE foi retirada este ano com a desculpa da insuficiência de alunos (atenção: são exactamente os mesmos do ano lectivo anterior que tiveram essa disciplina) tendo sido substituída por HISTÓRIA!!
Quanto a OFICINA DE ARTES e MTEP'S pelo que sei, já foram substituídas em 2005/2006 por DESENHO - pelo menos não levam ninguém ao engano, enquanto lá estive pouco trabalhei com materiais, de resto não sei o que é.
Depois, aparece no horário nobre, a nossa ministra da educação a constatar os maus resultgados do ensino português; pois não admira!, com um exemplo tão perto de nós em que se acabam as disciplinas porque quem as dá vai até um lugarzinho na poltrona da direcção...
Não há muito mais a dizer mas eu gostava muito que alguém respondesse por isto!!
"A primavera não acaba por morrer uma andorinha", hão-de haver todos os dias artistas novos com novos talentos... só é uma pena que o governo só invista dinheiro em futebóis e em empresas que dali a pouco tempo de tererm feito grandes propagandas na televisão despedem à mesma os seus empregados para depois declararem falência dali a uns tempos em vez de ajudarem o país a ter mais médicos sem os ir buscar à Europa do Leste ou à nossa vizinha Espanha - o que é irónico já que os nossos futuros médicos rumam até ao país vizinho estudar medicina, formarem-se lá e estabelecerem-se por lá mesmo, claro!! Porquê dar à nação a ganhar os louros quando não os amparou?!
Andam muitos Fernandos Pessoas, Eças de Queirós, Almadas Negreiros, Amálias e... quantos mais!!! ainda nos nossos dias que o país não sonha sequer com a sua existência porque PORTUGAL NÃO É POBRE ASSIM COMO É DESCRITO NA ASSEMBLEIA EUROPEIA, É UM DESLUMBRADO E UM INVEJOSO COM O ÊXITO DOS OUTROS PAÍZES PORQUE NÃO SE REGE PELO SLOGAN DA SUA PRÓPRIA PROPAGANDA TURÍSTICA "LÁ FORA CÁ DENTRO!"
É uma pena que assim seja!!!
É um ultraje à nossa bandeira, ao nosso hino, às nossas crianças!
O que é que aconteceu ao agrupamento de artes da escola secundária?!?!
ACABOU!! ACABOU??!! Como asssim?!
Eu frequentei a escola secundária da Lourinhã nos anos lectivos 2002/2003; 2003/2004; 2004/2005 no agrupamento ARTES e atrevo-me a dizer que foram os únicos anos em que se viveu o ambiente artístico, especialmente em 2003/2004 com a professora Teresa Serrano!
Quando me matriculei, e durante a minha estadia, frequentei as aulas das disciplinas OFICINA DE ARTES, MTEP'S (materiais e técnicas de expressão plástica), HISTÓRIA DE ARTE, DESENHO E GEOMETRIA, entre as gerais de todos os agrupamentos.
Há uns tempos, numa conversa banal com uma miuda, veio à toa o ano escolar que frequenta e a área que escolheu ao que ela me respondeu, inocentemente, que não está em ARTES porque a escola secundária não abriu esse agrupamento com a desculpa da falta de alunos, embora segundo essa mesma moça, isso não seja verdade!
Senti-me... sem chão! Senti a força faltar-me às pernas, enjoada, se tivesse andado ou simplesmente mexido os meus pés teria, de certo, cambaleado!
Não sei se diga então o que soubera à dias atrás.
É horrivel quando se toma conhecimento de coisas graves numa suposta conversa banal entre cafés e piadas e histórias contadas.
Pois, sem esperar, um casal amigo apareceu no bar onde eu estava a beber um café com a minha mãe e convidei-os a sentarem-se naquela mesa; e assim foi, conversámos, conhecemo-nos melhor e fiquei a saber que o segundo agrupamento desta escola já só tem dois anos lectivos confirmando-se a história que vos contei ainda agora e... os alunos do 12º ano não têm TEORIA DE DESIGN já vai para dois anos, salvo erro - o quê?! Que bases tem um aluno que se inscreva na faculdade para seguir design se nunca passou os olhos pelas noções mais básicas?! Ah!!! Mas a melhor ainda está para vir: os alunos do 11º ano não têm OFICINA DE ARTES nem MTEP'S nem HISTÓRIA DE ARTE!!!
ISTO É INADMISSÍVEL!!!!!
COMO É QUE É POSSÍVEL???!!!
A situação da disciplina HISTÓRIA DE ARTE foi retirada este ano com a desculpa da insuficiência de alunos (atenção: são exactamente os mesmos do ano lectivo anterior que tiveram essa disciplina) tendo sido substituída por HISTÓRIA!!
Quanto a OFICINA DE ARTES e MTEP'S pelo que sei, já foram substituídas em 2005/2006 por DESENHO - pelo menos não levam ninguém ao engano, enquanto lá estive pouco trabalhei com materiais, de resto não sei o que é.
Depois, aparece no horário nobre, a nossa ministra da educação a constatar os maus resultgados do ensino português; pois não admira!, com um exemplo tão perto de nós em que se acabam as disciplinas porque quem as dá vai até um lugarzinho na poltrona da direcção...
Não há muito mais a dizer mas eu gostava muito que alguém respondesse por isto!!
"A primavera não acaba por morrer uma andorinha", hão-de haver todos os dias artistas novos com novos talentos... só é uma pena que o governo só invista dinheiro em futebóis e em empresas que dali a pouco tempo de tererm feito grandes propagandas na televisão despedem à mesma os seus empregados para depois declararem falência dali a uns tempos em vez de ajudarem o país a ter mais médicos sem os ir buscar à Europa do Leste ou à nossa vizinha Espanha - o que é irónico já que os nossos futuros médicos rumam até ao país vizinho estudar medicina, formarem-se lá e estabelecerem-se por lá mesmo, claro!! Porquê dar à nação a ganhar os louros quando não os amparou?!
Andam muitos Fernandos Pessoas, Eças de Queirós, Almadas Negreiros, Amálias e... quantos mais!!! ainda nos nossos dias que o país não sonha sequer com a sua existência porque PORTUGAL NÃO É POBRE ASSIM COMO É DESCRITO NA ASSEMBLEIA EUROPEIA, É UM DESLUMBRADO E UM INVEJOSO COM O ÊXITO DOS OUTROS PAÍZES PORQUE NÃO SE REGE PELO SLOGAN DA SUA PRÓPRIA PROPAGANDA TURÍSTICA "LÁ FORA CÁ DENTRO!"
É uma pena que assim seja!!!
É um ultraje à nossa bandeira, ao nosso hino, às nossas crianças!
13 outubro 2009
FORTE DA LUZ
A placa diz Forte Da Luz,
pela luz que incide nestas muralhas de agora,
essa grande construção de outrora...
... ora pela luz na fé dos homens...
No alto, entre as muralhas desconhecidas
da História....
o vento é bem forte, o cheiro que há no ar
é de maresia, o mar está revolto;
não há barcos a navegar,
ninguém ruma contra a maré.
Entre os buracos aqui e ali
das muralhas antigas,
desconhecidas
há um sopro fininho que quase encanta as nossas sereias...
A música vem do lado da Terra,
a música vem dos Homens,
a música vem do cimento dos homens,
da oração, do coração dos Homens,
daquele monte lá ao longe.
Esse canto chega-lhes ao coração
pelos ecos da espuma luzidia na areia molhada...
Mas é nos búzios que é guardada
a alquimia que une
Homens e Mulheres
embora o mar a denuncie na rebentação.
Forte Da Luz,
monte, monte de segredos e medos...
escondes um quê de tempêros
nesta nossa História Lusitana
vindos lá do outro lado dos oceanos.
Hoje, é um monte
com muralhas de pedras em ruínas
ninugém sabe a sua História,
e a memória que havia pertence aos já idos.
Resta-nos o seu mistério
o seu segredo
e a curiosidade dos meninos
para buscar à imaginação a grande era desse forte.
pela luz que incide nestas muralhas de agora,
essa grande construção de outrora...
... ora pela luz na fé dos homens...
No alto, entre as muralhas desconhecidas
da História....
o vento é bem forte, o cheiro que há no ar
é de maresia, o mar está revolto;
não há barcos a navegar,
ninguém ruma contra a maré.
Entre os buracos aqui e ali
das muralhas antigas,
desconhecidas
há um sopro fininho que quase encanta as nossas sereias...
A música vem do lado da Terra,
a música vem dos Homens,
a música vem do cimento dos homens,
da oração, do coração dos Homens,
daquele monte lá ao longe.
Esse canto chega-lhes ao coração
pelos ecos da espuma luzidia na areia molhada...
Mas é nos búzios que é guardada
a alquimia que une
Homens e Mulheres
embora o mar a denuncie na rebentação.
Forte Da Luz,
monte, monte de segredos e medos...
escondes um quê de tempêros
nesta nossa História Lusitana
vindos lá do outro lado dos oceanos.
Hoje, é um monte
com muralhas de pedras em ruínas
ninugém sabe a sua História,
e a memória que havia pertence aos já idos.
Resta-nos o seu mistério
o seu segredo
e a curiosidade dos meninos
para buscar à imaginação a grande era desse forte.
09 outubro 2009
cumplicidades
quando te vi houve algo em mim
que despertou em demasia a minha atenção...
e, ou por teimosia,
ou razão do coração
não houve momento que conseguisse tirar do meu pensamento
esta loucura
esta tortura
de um querer sem puder..
querer-te a ti
ao pé de mim
e tocar-te com as minhas mãos,
descansar o meu olhar sobre o teu peito
e fazer o amor que sempre senti aqui dentro...
cheguei a sonhar contigo acordada
em cumplicidade com os meus botões...
senti-me enamorada, aparvalhada
e hoje...
... sou tua namorada!
que despertou em demasia a minha atenção...
e, ou por teimosia,
ou razão do coração
não houve momento que conseguisse tirar do meu pensamento
esta loucura
esta tortura
de um querer sem puder..
querer-te a ti
ao pé de mim
e tocar-te com as minhas mãos,
descansar o meu olhar sobre o teu peito
e fazer o amor que sempre senti aqui dentro...
cheguei a sonhar contigo acordada
em cumplicidade com os meus botões...
senti-me enamorada, aparvalhada
e hoje...
... sou tua namorada!
06 outubro 2009
MAÇAROCA DE MILHO
Pega fogo ao rastilho
entre a sementeira de milho.
Milho?!
Pipocas?
Doces?... Salgadas?...
Criaturas mal amadas, essas,
que andam cá e lá
nessas ruas desertas,
entre portas e travessas
em noites sem lua,
sem maldade, sem cura...
Choram, choram...
lavam as calçadas e os pés frios e descalços,
e os olhos cor de amêndoa
não olham para o céu.
As beatas, que não as vêm, fingem a caridade;
atrás do véu o que se vê é vaidade.
Invejam-se umas às outras discretamente à frente
do padre, qual delas a mais... qual delas a melhor...
levantando-se as saias a roupa interior é vermelha,
essa cor do pecado em torno dessas coxas gordas
e mamas secas do leite que deram aos filhos.
No fim da colheita do milho
acendem a fogueira para dançar e encontrar
a maçaroca especial, como desculpa,
para olhar com maldade, com desejo, o homem
e encontrarem entre as videiras verdes do pai delas
ou entre janelas e portas dos quartos imaculados,
o ninho donde se ouvem os gemidos desse coito interrompido.
Ao Domingo, vão pela matina, à capela da Nossa Senhora das Dores
e choram arrependidas o acto, a má fé, o pecado que as dominou,
que elas se deixaram dominar pelo prazer da carne.
Casadas à pressa ficam presas a um homem
que detestam a vida toda
e a vida toda passam na igreja
entre novenas, espertinas e missas matinais
em rezas pelos pecados, pelas almas
cobiçando o padre novato,
fartas do monsenhor já velho e mais que velho dessas andanças,
levanta os braços ao Senhor e pede perdão,
em vão, das danças das ancas em torno de si.
entre a sementeira de milho.
Milho?!
Pipocas?
Doces?... Salgadas?...
Criaturas mal amadas, essas,
que andam cá e lá
nessas ruas desertas,
entre portas e travessas
em noites sem lua,
sem maldade, sem cura...
Choram, choram...
lavam as calçadas e os pés frios e descalços,
e os olhos cor de amêndoa
não olham para o céu.
As beatas, que não as vêm, fingem a caridade;
atrás do véu o que se vê é vaidade.
Invejam-se umas às outras discretamente à frente
do padre, qual delas a mais... qual delas a melhor...
levantando-se as saias a roupa interior é vermelha,
essa cor do pecado em torno dessas coxas gordas
e mamas secas do leite que deram aos filhos.
No fim da colheita do milho
acendem a fogueira para dançar e encontrar
a maçaroca especial, como desculpa,
para olhar com maldade, com desejo, o homem
e encontrarem entre as videiras verdes do pai delas
ou entre janelas e portas dos quartos imaculados,
o ninho donde se ouvem os gemidos desse coito interrompido.
Ao Domingo, vão pela matina, à capela da Nossa Senhora das Dores
e choram arrependidas o acto, a má fé, o pecado que as dominou,
que elas se deixaram dominar pelo prazer da carne.
Casadas à pressa ficam presas a um homem
que detestam a vida toda
e a vida toda passam na igreja
entre novenas, espertinas e missas matinais
em rezas pelos pecados, pelas almas
cobiçando o padre novato,
fartas do monsenhor já velho e mais que velho dessas andanças,
levanta os braços ao Senhor e pede perdão,
em vão, das danças das ancas em torno de si.
Obrigada Santinhos! (Hão-de querer ter velas no altar)
Esta minha história hoje, além de pessoal, é de amor.
Tudo começou num dia em que não vim trabalhar; depois de almoço, tomei um banho e rumei até Peniche para beber café com o meu namorado.
Encontrei-me com ele no Café do Quebrado acompanhado de um casal amigo e de um irmão deste. O assunto era onde íamos ou não íamos à noite. Havia quem falasse no Colombo - mas nem pensar em dia de futebol, o trânsito em Lisboa estaria horrível; outra hipótese era o Cascais Shopping, falou-se no Loures Shopping, e no Dolce Vita Tejo... até que (ao fim de mais três quartos de hora de discussão e indecisão à chapa do sol), deciciu-se, finalmente!, pelo Dolce Vita Tejo. Combinámos de nos encontrar dali a uma hora, sensivelmente com outro casal também.
Mudou de roupa quem tinha a mudar; tomou banho quem achou que devia tomar, lanchou quem quis lanchar; depois do depósito cheio embarcámos.
Logo à chegada começámos num entra-e-sai de lojas, a ver e a mexer e a experimentar, uma coisa louca!!
Subimos ao primeiro andar.
Já a Stradivarus estava mais do que vista por mim quando resolvi sair e passear um pouco a ver o que havia nas montras ao lado.
Quando me virei para me juntar novamente ao grupo, o meu namorado dirigia-se ao meu encontro...
...
... ainda o grupo não estava todo junto quando o acompanhei a entrar na Sun Planet.
Tudo começou num dia em que não vim trabalhar; depois de almoço, tomei um banho e rumei até Peniche para beber café com o meu namorado.
Encontrei-me com ele no Café do Quebrado acompanhado de um casal amigo e de um irmão deste. O assunto era onde íamos ou não íamos à noite. Havia quem falasse no Colombo - mas nem pensar em dia de futebol, o trânsito em Lisboa estaria horrível; outra hipótese era o Cascais Shopping, falou-se no Loures Shopping, e no Dolce Vita Tejo... até que (ao fim de mais três quartos de hora de discussão e indecisão à chapa do sol), deciciu-se, finalmente!, pelo Dolce Vita Tejo. Combinámos de nos encontrar dali a uma hora, sensivelmente com outro casal também.
Mudou de roupa quem tinha a mudar; tomou banho quem achou que devia tomar, lanchou quem quis lanchar; depois do depósito cheio embarcámos.
Logo à chegada começámos num entra-e-sai de lojas, a ver e a mexer e a experimentar, uma coisa louca!!
Subimos ao primeiro andar.
Já a Stradivarus estava mais do que vista por mim quando resolvi sair e passear um pouco a ver o que havia nas montras ao lado.
Quando me virei para me juntar novamente ao grupo, o meu namorado dirigia-se ao meu encontro...
...
... ainda o grupo não estava todo junto quando o acompanhei a entrar na Sun Planet.
***
O João anda para comprar uns óculos de sol à montes de tempo; vai hoje, vai amanhã... o tempo passa e nada.
Naquele dia até pediu para experimentar um ou dois pares!
Eu gostei muito de uns que tinha a marca escrita na armação; ele experimentou, gostou mas não se manifestou nada por aí além - fiquei convencida de que tinha sido, apenas, mais um par que tinha visto mas que não lhe despertara a atenção.
Agradecemos ao empregado e saimos.
Naquele fim-de-semana falei com a Xana, não sabia o que lhe oferecer no Aniversário... ela referiu os óculos, eu disse-lhe que ele não demonstrou grande interesse.
Mas como estamos sempre a tempo de ser surprendidos, o fim-de-semana não tinha acabado quando, em tom de grande anúncio, o menino disse que já sabia o que queria para os anos... fiquei sem chão quando referiu que tinha adorado os óculos objectando, ao mesmo tempo, "eram muito caros.."!!
Ora eu sou uma pessoa muito... decidida!, quando quero muito um objectivo não descanso enquanto não me convencer de que é impossível tê-lo.
Na segunda-feira liguei o pc, abri a Google, pesquisei dolce vita tejo, depois Sun Planet, mas não havia uma galeria de fotos, só o contacto... Bem, não desanimei, telefonei para lá a explicar a situação mas nem eu nem a empregada nos entendemos quanto à discrição dos óculos e, como é óbvio, não pedi para guardar... os quatro dias que se seguiram foram de engenhocas mentais, as chamadas estratégias!! Até que, após ter almoçado num desses dias, saí de casa decidida a comprá-los a todo o custo.
Entrei na primeira loja de óptica da Lourinhã a seguir à minha casa no caminho para o emprego - a Multiópticas - nada.
Mais abaixo, no Centro Comercial do Rossio, apostei numa loja que só tem roupa de marca da conceituada capital, entrei esperançada - nada.
De volta à rua no trajecto do meu trabalho tinha a C - Óptica; entrei, perguntei se vendiam aquela marca, expliquei o caso; o gerente foi cinco estrelas! Disse que não vendia aquela marca mas que conseguia arranjar-me os óculos desde que eu tivesse o modelo... " - Os meus Santos nunca me ajudam quando eu preciso deles!" disse em tom de brincadeira e sai um tanto desanimada porque não tinha como obter essa informação, agradeci e fui trabalhar.
Quando cheguei ao consultório, porém, tive uma ideia brilhante: pesquisar na Google o site oficial da loja Sun Planet. Dito e certo encontrei logo o site e a dita marca e modelo dos óculos de sol. Liguei novamente para a Sun Planet, naquele momento estive de tal maneira iluminada que falei exactamente com o mesmo empregado do outro dia à noite e exliquei-lhe o que se passava e a minha intenção. Disse-me que não mos podia enviar pelos CTT nem por outra forma de entrega mas arranjou-me o modelo dos óculos.
Feliz da vida voltei até à C - Óptica para dar o modelo e aguardar pela chamada a confirmar a chegada dos abençoados óculos.
Mas nem tudo depende sempre de nós... os dias estavam a passar e da chamada nem sinal!
O que aconteceu foi o seguinte: a Sun Planet não é uma loja de óptica, tenho a impressão que podem vender qualquer produto ali - até chinês ou da feira - não desfazendo da qualidade e garantia dos seus produtos; de maneira que esta dita loja não vende os seus produtos para uma óptica. Portanto, eu tinha duas opções: primeira - aceitava a disponibilidade voluntária do gerente nas suas muitas idas a Lisboa, fazendo de "intermediário" na compra dos óculos; segunda - ia lá eu com a ajuda do casal amigo que tinha ido connosco naquela vez. Optei por aceitar a ajuda do gerente, detesto dar trabalho e incomodar as pessoas mesmo se tratando de amigos e já que o gerente lá ia tanta vez e se mostrou tão prestável aproveitei.
Passaram dois dias e nem sinal de novidade...
Até que... entre consultas dei uma espreitadela ao meu telemóvel e lá estava um chamada de um número fixo! Respondi à chamada:
" - C-Óptica, bom dia!"
" - Bom dia é a Tânia..."
" - ..."
" - ... por causa dos óculos!"
" - Ah sim! Tudo bem? Sabe precisava de saber o seu apelido para a factura."
" - Ah... Henriques!
Já lá foi?"
" - Ainda não mas devo lá ir hoje."
" - Ok, obrigada então."
" - Obrigado e bom dia."
Não há muito a comentar pois não?
Mas o melhor (sublinho que estou a ser irónica) ainda estava para vir. Passei por lá no dia seguinte como quem não queria a coisa... não mos encontrou. A bem dizer era difícil encontrá-los noutro shopping já que eu os tinha visto noutro mas o gerente foi para outros lados...
E agora?
O que nos vale em momentos de desespero, sejam eles quais forem, é aquela réstia de esperança que vai resistindo nem eu sei como... ou inteligência... descartei uma nova carta da manga...
... nada feito mesmo assim...
Eu ainda morro e a esperança ainda há-de andar por aí!!
Nem sei como tive outra idéia genial... O João faria anos naquele fim-de-semana que se aproximava e a prenda parecia-me cada vez mais inatingível...
Eu tinha tido uma boa idéia, já que, o boss vai a Lisboa tanta vez por que não trazê-los ele? Pedi-lhe o favor e ele disponibilizou-se a tentar ajudar apesar do tempo dele ser apertado...
... infelizemente, nada feito!
Fiquei sem chão!!! Quando preciso dos meus santos, logo eu que nunca lhes dou trabalho, eles insistem sempre em nada fazer por mim!!! É impressionante!...
Bem acabei por pedir ao tal casal que lá tinha ido connosco naquele tal dia em que o João viu os ditos óculos... ainda pensei que conseguia lá ir na sexta-feira à noite mas já era tarde, talvez, o mais provável, era não chegarmos a tempo... assim, pelo menos, ficámos combinámos para lá irmos no dia seguinte - os anos do meu namorado - às duas horas da tarde ao Cascais Shopping buscar o tão desejado presente de aniversário.
O mais cómico desta história toda é que primeiro os óculos não existiam em lado nenhum e eu, naquele desespero todo, acabei por reservá-los em dois lados ao mesmo tempo: no Dolce Vita Tejo e no Cascais Shopping!! A algum lado os iria buscar mas como mais metro menos quilómetro ir a Cascais estava mais à mão optámos por lá ir então.
Agora, se me dão licença, vou telefonar para a Sun Planet do Dolce Vita Tejo a agradecer a atenção mas que não vale a pena continuar a reserva até amanhã à noite.
" - Sun Planet bom dia..."
p. s. : Feliz Aniversário, uma vez mais, meu amor!
Naquele dia até pediu para experimentar um ou dois pares!
Eu gostei muito de uns que tinha a marca escrita na armação; ele experimentou, gostou mas não se manifestou nada por aí além - fiquei convencida de que tinha sido, apenas, mais um par que tinha visto mas que não lhe despertara a atenção.
Agradecemos ao empregado e saimos.
Naquele fim-de-semana falei com a Xana, não sabia o que lhe oferecer no Aniversário... ela referiu os óculos, eu disse-lhe que ele não demonstrou grande interesse.
Mas como estamos sempre a tempo de ser surprendidos, o fim-de-semana não tinha acabado quando, em tom de grande anúncio, o menino disse que já sabia o que queria para os anos... fiquei sem chão quando referiu que tinha adorado os óculos objectando, ao mesmo tempo, "eram muito caros.."!!
Ora eu sou uma pessoa muito... decidida!, quando quero muito um objectivo não descanso enquanto não me convencer de que é impossível tê-lo.
Na segunda-feira liguei o pc, abri a Google, pesquisei dolce vita tejo, depois Sun Planet, mas não havia uma galeria de fotos, só o contacto... Bem, não desanimei, telefonei para lá a explicar a situação mas nem eu nem a empregada nos entendemos quanto à discrição dos óculos e, como é óbvio, não pedi para guardar... os quatro dias que se seguiram foram de engenhocas mentais, as chamadas estratégias!! Até que, após ter almoçado num desses dias, saí de casa decidida a comprá-los a todo o custo.
Entrei na primeira loja de óptica da Lourinhã a seguir à minha casa no caminho para o emprego - a Multiópticas - nada.
Mais abaixo, no Centro Comercial do Rossio, apostei numa loja que só tem roupa de marca da conceituada capital, entrei esperançada - nada.
De volta à rua no trajecto do meu trabalho tinha a C - Óptica; entrei, perguntei se vendiam aquela marca, expliquei o caso; o gerente foi cinco estrelas! Disse que não vendia aquela marca mas que conseguia arranjar-me os óculos desde que eu tivesse o modelo... " - Os meus Santos nunca me ajudam quando eu preciso deles!" disse em tom de brincadeira e sai um tanto desanimada porque não tinha como obter essa informação, agradeci e fui trabalhar.
Quando cheguei ao consultório, porém, tive uma ideia brilhante: pesquisar na Google o site oficial da loja Sun Planet. Dito e certo encontrei logo o site e a dita marca e modelo dos óculos de sol. Liguei novamente para a Sun Planet, naquele momento estive de tal maneira iluminada que falei exactamente com o mesmo empregado do outro dia à noite e exliquei-lhe o que se passava e a minha intenção. Disse-me que não mos podia enviar pelos CTT nem por outra forma de entrega mas arranjou-me o modelo dos óculos.
Feliz da vida voltei até à C - Óptica para dar o modelo e aguardar pela chamada a confirmar a chegada dos abençoados óculos.
Mas nem tudo depende sempre de nós... os dias estavam a passar e da chamada nem sinal!
O que aconteceu foi o seguinte: a Sun Planet não é uma loja de óptica, tenho a impressão que podem vender qualquer produto ali - até chinês ou da feira - não desfazendo da qualidade e garantia dos seus produtos; de maneira que esta dita loja não vende os seus produtos para uma óptica. Portanto, eu tinha duas opções: primeira - aceitava a disponibilidade voluntária do gerente nas suas muitas idas a Lisboa, fazendo de "intermediário" na compra dos óculos; segunda - ia lá eu com a ajuda do casal amigo que tinha ido connosco naquela vez. Optei por aceitar a ajuda do gerente, detesto dar trabalho e incomodar as pessoas mesmo se tratando de amigos e já que o gerente lá ia tanta vez e se mostrou tão prestável aproveitei.
Passaram dois dias e nem sinal de novidade...
Até que... entre consultas dei uma espreitadela ao meu telemóvel e lá estava um chamada de um número fixo! Respondi à chamada:
" - C-Óptica, bom dia!"
" - Bom dia é a Tânia..."
" - ..."
" - ... por causa dos óculos!"
" - Ah sim! Tudo bem? Sabe precisava de saber o seu apelido para a factura."
" - Ah... Henriques!
Já lá foi?"
" - Ainda não mas devo lá ir hoje."
" - Ok, obrigada então."
" - Obrigado e bom dia."
Não há muito a comentar pois não?
Mas o melhor (sublinho que estou a ser irónica) ainda estava para vir. Passei por lá no dia seguinte como quem não queria a coisa... não mos encontrou. A bem dizer era difícil encontrá-los noutro shopping já que eu os tinha visto noutro mas o gerente foi para outros lados...
E agora?
O que nos vale em momentos de desespero, sejam eles quais forem, é aquela réstia de esperança que vai resistindo nem eu sei como... ou inteligência... descartei uma nova carta da manga...
... nada feito mesmo assim...
Eu ainda morro e a esperança ainda há-de andar por aí!!
Nem sei como tive outra idéia genial... O João faria anos naquele fim-de-semana que se aproximava e a prenda parecia-me cada vez mais inatingível...
Eu tinha tido uma boa idéia, já que, o boss vai a Lisboa tanta vez por que não trazê-los ele? Pedi-lhe o favor e ele disponibilizou-se a tentar ajudar apesar do tempo dele ser apertado...
... infelizemente, nada feito!
Fiquei sem chão!!! Quando preciso dos meus santos, logo eu que nunca lhes dou trabalho, eles insistem sempre em nada fazer por mim!!! É impressionante!...
Bem acabei por pedir ao tal casal que lá tinha ido connosco naquele tal dia em que o João viu os ditos óculos... ainda pensei que conseguia lá ir na sexta-feira à noite mas já era tarde, talvez, o mais provável, era não chegarmos a tempo... assim, pelo menos, ficámos combinámos para lá irmos no dia seguinte - os anos do meu namorado - às duas horas da tarde ao Cascais Shopping buscar o tão desejado presente de aniversário.
O mais cómico desta história toda é que primeiro os óculos não existiam em lado nenhum e eu, naquele desespero todo, acabei por reservá-los em dois lados ao mesmo tempo: no Dolce Vita Tejo e no Cascais Shopping!! A algum lado os iria buscar mas como mais metro menos quilómetro ir a Cascais estava mais à mão optámos por lá ir então.
Agora, se me dão licença, vou telefonar para a Sun Planet do Dolce Vita Tejo a agradecer a atenção mas que não vale a pena continuar a reserva até amanhã à noite.
" - Sun Planet bom dia..."
p. s. : Feliz Aniversário, uma vez mais, meu amor!
30 setembro 2009
FaroL
Há qualquer coisa de mágico num farol!!!
Talvez a altura - faz inveja a qualquer um a proximidade e a grandeza do Horizonte - talvez a monumentalidade do edifício, talvez as luzes que incidem no oceano noites, madrugadas fora...
A sua História acompanha-o desde a Antiguidade quando as luzes não passavam de fogueiras ou grandes luzes alimentadas a azeite de oliveira ou baleia, conforme os locais onde estivessem, cumprindo a sua intenção de proteger os navegadores ora de irem contra a costa ora contra alguma porção de terra enfiada no mar.
Entretanto o azeite foi substituído pelo petróleo e por conseguinte gás e então, mais tarde, pela electricidade ao mesmo tempo que se foi criando uma habitáculo de espelhos e reflectores e lentes montados, todos eles, num mecanismo de rotação possibilitando o melhor alcance da luz e também a distinção da distância entre um farol e outro aquando da presença de nevoeiro cerrado ou pela própria escuridão da noite não o permitirem à vista desarmada.
Depois, é claro, surgem alguns mitos e o mais vulgar é sobre os afundadores...
Fala-se que os afundadores eram pessoas que construiam falsos faróis com o intuito de atrair os navios para zonas baixas provocando, assim, o encalhamento destes e tendo ali à mão grandes oportunidades para saquearem os destroços.
Ainda assim... mesmo durante o dia... o farol desperta em mim uma curiosidade que não consigo nem omitir nem controlar; é mais forte que eu, parece ser uma parte de mim... que eu, confesso, não conheço...
wallpaper_farol.jpg (image)
Talvez a altura - faz inveja a qualquer um a proximidade e a grandeza do Horizonte - talvez a monumentalidade do edifício, talvez as luzes que incidem no oceano noites, madrugadas fora...
A sua História acompanha-o desde a Antiguidade quando as luzes não passavam de fogueiras ou grandes luzes alimentadas a azeite de oliveira ou baleia, conforme os locais onde estivessem, cumprindo a sua intenção de proteger os navegadores ora de irem contra a costa ora contra alguma porção de terra enfiada no mar.
Entretanto o azeite foi substituído pelo petróleo e por conseguinte gás e então, mais tarde, pela electricidade ao mesmo tempo que se foi criando uma habitáculo de espelhos e reflectores e lentes montados, todos eles, num mecanismo de rotação possibilitando o melhor alcance da luz e também a distinção da distância entre um farol e outro aquando da presença de nevoeiro cerrado ou pela própria escuridão da noite não o permitirem à vista desarmada.
Depois, é claro, surgem alguns mitos e o mais vulgar é sobre os afundadores...
Fala-se que os afundadores eram pessoas que construiam falsos faróis com o intuito de atrair os navios para zonas baixas provocando, assim, o encalhamento destes e tendo ali à mão grandes oportunidades para saquearem os destroços.
Ainda assim... mesmo durante o dia... o farol desperta em mim uma curiosidade que não consigo nem omitir nem controlar; é mais forte que eu, parece ser uma parte de mim... que eu, confesso, não conheço...
wallpaper_farol.jpg (image)
28 setembro 2009
25 setembro 2009
comichão na mão
Há quem diga que sentir uma coceira na palma da mão que é sinal que se vai receber dinheiro.
Pois eu vou contar-vos uma história:
Era eu miuda quando recebi uma bicileta como deve ser: vermelha, grande, com mudanças, toda xpto, andava todos os dias com ela para trás e para a frente, fazia cavalinhos (pequeninos), andava sem uma mão, depois sem a outra, depois sem nenhuma, para trás e para a frente...
Ora o tempo passou-se, já lá iam largos meses quando comecei a sentir uma ligeira comichão nas mãos, entretanto, com o avançar do tempo, a simples comichão foi-se intensificando até que não conseguia evitar.
Ora, sem contar com tal coisa, ouvi sem querer - sempre fui uma criança curiosa mas nunca codrilheira - uma conversa entre umas velhotas, sentadas à soleira, de chapa ao so,l dizendo que "comichão nas mãos era sinal de dinheiro", achei piada à crendice das velhotas. Peguei na bicicleta e continuei a pedalar.
Como a comichão não passava os meus pais resolveram levar-me ao médico de família e explicar o caso, e no meio de tantas perguntas, a minha resposta revelou-se a solução do meu problema: " - alergia!!!", disse o drº à minha inocente deixa de andar de bicicleta;"- isso é alergia aos punhos da bicicleta!!"
Voltámos todos para casa, eu mais esmorecida que nunca, já que além de não me ter aparecido dinheiro nenhum ainda fiquei com uma alergia aos punhos da bicicleta nova, vermelha, grande, com mudanças, toda xpto...
Vi-me metida numa espécie de ensaio: x de dias sem andar - não sei se para testar a teoria do médico de família, se para prevenir a continuidade da alergia e a sua propagação...
Pois eu vou contar-vos uma história:
Era eu miuda quando recebi uma bicileta como deve ser: vermelha, grande, com mudanças, toda xpto, andava todos os dias com ela para trás e para a frente, fazia cavalinhos (pequeninos), andava sem uma mão, depois sem a outra, depois sem nenhuma, para trás e para a frente...
Ora o tempo passou-se, já lá iam largos meses quando comecei a sentir uma ligeira comichão nas mãos, entretanto, com o avançar do tempo, a simples comichão foi-se intensificando até que não conseguia evitar.
Ora, sem contar com tal coisa, ouvi sem querer - sempre fui uma criança curiosa mas nunca codrilheira - uma conversa entre umas velhotas, sentadas à soleira, de chapa ao so,l dizendo que "comichão nas mãos era sinal de dinheiro", achei piada à crendice das velhotas. Peguei na bicicleta e continuei a pedalar.
Como a comichão não passava os meus pais resolveram levar-me ao médico de família e explicar o caso, e no meio de tantas perguntas, a minha resposta revelou-se a solução do meu problema: " - alergia!!!", disse o drº à minha inocente deixa de andar de bicicleta;"- isso é alergia aos punhos da bicicleta!!"
Voltámos todos para casa, eu mais esmorecida que nunca, já que além de não me ter aparecido dinheiro nenhum ainda fiquei com uma alergia aos punhos da bicicleta nova, vermelha, grande, com mudanças, toda xpto...
Vi-me metida numa espécie de ensaio: x de dias sem andar - não sei se para testar a teoria do médico de família, se para prevenir a continuidade da alergia e a sua propagação...
Escola Secundária da Lourinhã
Há coisas que custam muito.
Uma delas é vermos destruído um edifício que nos traz à memória boas e grandes recordações.
Quando ontem, ao virar da esquina, me deparei com a falta de um volume que era suposto ali estar, foi um choque quando me apercebi de que se tratava do Bloco A da Escola Secundária...
Vi por momentos as lágrimas, os risos, as piadas, as experiências, todas ali de uma só vez, desfeitas nos destroços desse edifício entre cimento e tijolo, bocados de tinta lascados soltos no chão e uma poeira no ar, não sei se a abençoar, se a assombrar... (eu pelo menos fiquei assombrada com aquela visão)
É uma pena muito grande e é um acto muito grave quando se opta por destruir; seria de se certificar primeiro se não vale a pena restaurar, reconstruir, reparar, proteger.
Temo que perca mais depressa as minhas memórias desses loucos três anos de secundário porque de cada vez que eu olhava aquelas janelas sujas, as paredes velhas, a tinta gasta, o jardim, em parte, inalterado assaltava-me à memória novas lembranças dando-me a ilusão de viver sempre um dejávu.
A minha esperança, agora, remete-se agora para que saibam, ao menos, construir quaquer coisa com utilidade para todos e não mais um amontoado de blocos de cimento e janelas de vidro - gaiolas autênticas!!
Uma delas é vermos destruído um edifício que nos traz à memória boas e grandes recordações.
Quando ontem, ao virar da esquina, me deparei com a falta de um volume que era suposto ali estar, foi um choque quando me apercebi de que se tratava do Bloco A da Escola Secundária...
Vi por momentos as lágrimas, os risos, as piadas, as experiências, todas ali de uma só vez, desfeitas nos destroços desse edifício entre cimento e tijolo, bocados de tinta lascados soltos no chão e uma poeira no ar, não sei se a abençoar, se a assombrar... (eu pelo menos fiquei assombrada com aquela visão)
É uma pena muito grande e é um acto muito grave quando se opta por destruir; seria de se certificar primeiro se não vale a pena restaurar, reconstruir, reparar, proteger.
Temo que perca mais depressa as minhas memórias desses loucos três anos de secundário porque de cada vez que eu olhava aquelas janelas sujas, as paredes velhas, a tinta gasta, o jardim, em parte, inalterado assaltava-me à memória novas lembranças dando-me a ilusão de viver sempre um dejávu.
A minha esperança, agora, remete-se agora para que saibam, ao menos, construir quaquer coisa com utilidade para todos e não mais um amontoado de blocos de cimento e janelas de vidro - gaiolas autênticas!!
24 setembro 2009
Ainda há pessoas que o merecem
Há momentos na nossa vida em que temos de abdicar de nós mesmos e dos nossos sonhos, dos nossos desejos, das nossas vontades, da nossa vida em função dos outros!
Há momentos que nos exigem isso! A nossa humildade, a nossa compaixão, a nossa solidariedade.
Ainda há pessoas que o merecem.
Normalmente esse chamamento é mais forte quando se trata do nosso sangue.
Não sei porquê mas ouvimos mais a voz nessas circunstâncias, por essas pessoas.
Custa muito abdicar daquilo que queremos quer se trate de algo mais banal como uma saída de amigos à noite até às tantas quer seja algo mais sério como a ida para a faculdade.
"Às pessoas boas acontece coisas boas", consta que "depois da tempestade vem a bonança" então vale a pena o sacrifício. Já o Poeta dizia, ainda eu não passava de uma mera suposição, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Vale a pena deixar de sair à noite, vale a pena abdicar da faculdade, até que as coisas estejam resolvidas - o que, por norma, num ano tudo retoma o seu lugar. São as acções das pessoas nas tais circunstâncias que fazem delas boas ou más; são essas ditas circunstâncias que nos mostram quem somos e como somos; são essas cirscunstâncias que nos irão (re)compensar no futuro.
Quanto mais doloroso for o presente, mais gratificante será o nosso futuro; é aí que se deve remeter a nossa esperança por dias melhores.
Há momentos que nos exigem isso! A nossa humildade, a nossa compaixão, a nossa solidariedade.
Ainda há pessoas que o merecem.
Normalmente esse chamamento é mais forte quando se trata do nosso sangue.
Não sei porquê mas ouvimos mais a voz nessas circunstâncias, por essas pessoas.
Custa muito abdicar daquilo que queremos quer se trate de algo mais banal como uma saída de amigos à noite até às tantas quer seja algo mais sério como a ida para a faculdade.
"Às pessoas boas acontece coisas boas", consta que "depois da tempestade vem a bonança" então vale a pena o sacrifício. Já o Poeta dizia, ainda eu não passava de uma mera suposição, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Vale a pena deixar de sair à noite, vale a pena abdicar da faculdade, até que as coisas estejam resolvidas - o que, por norma, num ano tudo retoma o seu lugar. São as acções das pessoas nas tais circunstâncias que fazem delas boas ou más; são essas ditas circunstâncias que nos mostram quem somos e como somos; são essas cirscunstâncias que nos irão (re)compensar no futuro.
Quanto mais doloroso for o presente, mais gratificante será o nosso futuro; é aí que se deve remeter a nossa esperança por dias melhores.
Amélia acorreu à praia.
Descalçou os sapatos na areia molhada, correu directo à água gelada do mar, neste princípio de Outono, dobrou os joelhos... caiu!
Chorava...
Naqueles momentos em que esteve ali, literalmente sozinha, chorou a solidão que sente quando está acompanhada por quem não a conhece nem o tenciona fazer sequer...
Quando levantou a cabeça olhou para o firmamento, aquela linha fina que quase não mostra a divisão entre o mar e o céu, levou as mãos em concha com um pouco da água salgada pela face... fungou... passou novamente as mãos na cara, respirou fundo, levantou-se.
Ainda andou por ali uma quantidade boa de horas...
para trás, para a frente, enterrando os pés na areia, arrastando-os, delineando caminho atrás de si...
Sentou-se na areia mais acima, seca, solta pelo vento... e quando o seu cabelo fino começou a levantar e a baloiçar com os grãos de areia também... sorriu!
Sentiu o aroma que o vento acarta consigo vir de encontro à sua cara marcada pelas lágrimas que vertera até áquele momento e foi-se embora.
Nada daquilo valia a pena, achou-se uma tola e foi para casa sorrindo da idiotice que lhe tomara a alma momentos antes.
Descalçou os sapatos na areia molhada, correu directo à água gelada do mar, neste princípio de Outono, dobrou os joelhos... caiu!
Chorava...
Naqueles momentos em que esteve ali, literalmente sozinha, chorou a solidão que sente quando está acompanhada por quem não a conhece nem o tenciona fazer sequer...
Quando levantou a cabeça olhou para o firmamento, aquela linha fina que quase não mostra a divisão entre o mar e o céu, levou as mãos em concha com um pouco da água salgada pela face... fungou... passou novamente as mãos na cara, respirou fundo, levantou-se.
Ainda andou por ali uma quantidade boa de horas...
para trás, para a frente, enterrando os pés na areia, arrastando-os, delineando caminho atrás de si...
Sentou-se na areia mais acima, seca, solta pelo vento... e quando o seu cabelo fino começou a levantar e a baloiçar com os grãos de areia também... sorriu!
Sentiu o aroma que o vento acarta consigo vir de encontro à sua cara marcada pelas lágrimas que vertera até áquele momento e foi-se embora.
Nada daquilo valia a pena, achou-se uma tola e foi para casa sorrindo da idiotice que lhe tomara a alma momentos antes.
14 setembro 2009
HALLELLUJAH
Há certas coisas que nos dão algum ânimo naquelas alturas em que vamos abaixo.
Hoje, depois de uma noite mal dormida devido ao baque da má notícia que a trovoada e a chuva forte trouxeram consigo na noite anterior, houve apenas esta música que me fez erguer os olhos da tristeza em que estão imersos; respirei fundo e, por instantes, senti-me mais calma, mais em paz, apelando a Deus ou a alguém do Bem, a quem queira ouvir, que receba essa alma que num acesso de loucura pôs fim à própria vida.
Que Deus o abençoe!
Ámen
p.s.: aqui está a letra se quiserem acompanhar.
SHREK - HALLELUJAH
I’ve heard there was a secret chord
That David played and it pleased the Lord
But you don’t really care for music do you?
It goes like this – the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled King composing Hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty in the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Maybe I’ve been here before
I know this room, I’ve walked this floor
I used to live alone before I knew you
I’ve seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It’s a cold and it’s a broken hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
There was a time when you let me know
What’s real and going on below
But now you never show it to me, do you?
And remember when I moved in you
The Holy Dark was moving too
And every breath we drew was hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Maybe there’s a God above
And all I ever learned from love
Was how to shoot at someone who outdrew you
And it’s not a cry you can hear at night
It’s not somebody who’s seen the light
It’s a cold and it’s a broken hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hoje, depois de uma noite mal dormida devido ao baque da má notícia que a trovoada e a chuva forte trouxeram consigo na noite anterior, houve apenas esta música que me fez erguer os olhos da tristeza em que estão imersos; respirei fundo e, por instantes, senti-me mais calma, mais em paz, apelando a Deus ou a alguém do Bem, a quem queira ouvir, que receba essa alma que num acesso de loucura pôs fim à própria vida.
Que Deus o abençoe!
Ámen
p.s.: aqui está a letra se quiserem acompanhar.
SHREK - HALLELUJAH
I’ve heard there was a secret chord
That David played and it pleased the Lord
But you don’t really care for music do you?
It goes like this – the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled King composing Hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty in the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Maybe I’ve been here before
I know this room, I’ve walked this floor
I used to live alone before I knew you
I’ve seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It’s a cold and it’s a broken hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
There was a time when you let me know
What’s real and going on below
But now you never show it to me, do you?
And remember when I moved in you
The Holy Dark was moving too
And every breath we drew was hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Maybe there’s a God above
And all I ever learned from love
Was how to shoot at someone who outdrew you
And it’s not a cry you can hear at night
It’s not somebody who’s seen the light
It’s a cold and it’s a broken hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
11 setembro 2009
Estava eu, esta manhã a tomar o meu pequeno-almoço, na pastelaria do costume a ver os desenhos-animados, a ver as pessoas, a dona da pastelaria divertida com um anúncio numa revista da venda de uma réplica da espada dos Templários que ainda mede 1,18m!... quando o pasteleiro espirrou!! Ouviu-se mesmo um som estridente: "Atchiiiiiiiimmmm!!!"; e vá-se lá saber porquê lembrei-me deste tão famoso virús da gripe H1N1.
Por momentos vi a senhora que estava ao balcão, e que acabara de fazer o seu pedido, olhar tão depressa para o interior da pastelaria, que achei que em poucos segundos a senhora sairia a correr de mãos no ar e aos puxões no seu cabelo, aos gritos, em plena loucura e histeria por causa de um eventual contágio, só pela forma como reagiu! A expressão na sua cara de alerta...!
Felizmente, no dia antes, na mesma pastelaria, dei comigo a dar atenção à conversa entre uma cliente e a dona exactamente sobre o que falo agora: o virús da gripe H1N1. Curiosamente, a desconhecida, sem saber o que eu pensava do assunto porque nem sequer abri a boca (mal conseguia abrir os olhos de cansaço), disse literalmente aquilo que eu penso sobre este assunto: que se trata de um virose gripal tão "normal" quanto o outro excepto em pequenos sintomas; mas até isso é relativo uma vez que cada pessoa é uma pessoa e o corpo de cada um reage de maneira diferente a cada situação.
O que ela não disse foi o que, na verdade, me assusta realmente. Eu não estou livre de contrair essa gripe, de maneira nenhuma, posso evitar a forma mais directa - não saindo do país - mas não tenho como evitá-lo numa via secundária. Quando tal acontecer, esperemos que não, eu pelo menos espero, preocupa-me a falha do sistema nacional de saúde nas urgências, na linha24 que, dia após dia, sempre vamos ouvindo reclamações por falta de assistência da parte desta, a medicação - afinal o que é o Tamiflu? Que outra medicação me receitarão?
Como vêm, não é o contágio que me assalta a mente mas sim o pós-contágio.
Teremos de aguardar para ver o que acontece e decidir na altura as medidas a seguir e não tomar consciência diariamente de quantos casos já foram denunciados pelos media; até porque quantos casos de gripe sazonal são denunciados anualmente todos os dias, todas as semanas, todos os meses, todos os anos?
Por momentos vi a senhora que estava ao balcão, e que acabara de fazer o seu pedido, olhar tão depressa para o interior da pastelaria, que achei que em poucos segundos a senhora sairia a correr de mãos no ar e aos puxões no seu cabelo, aos gritos, em plena loucura e histeria por causa de um eventual contágio, só pela forma como reagiu! A expressão na sua cara de alerta...!
Felizmente, no dia antes, na mesma pastelaria, dei comigo a dar atenção à conversa entre uma cliente e a dona exactamente sobre o que falo agora: o virús da gripe H1N1. Curiosamente, a desconhecida, sem saber o que eu pensava do assunto porque nem sequer abri a boca (mal conseguia abrir os olhos de cansaço), disse literalmente aquilo que eu penso sobre este assunto: que se trata de um virose gripal tão "normal" quanto o outro excepto em pequenos sintomas; mas até isso é relativo uma vez que cada pessoa é uma pessoa e o corpo de cada um reage de maneira diferente a cada situação.
O que ela não disse foi o que, na verdade, me assusta realmente. Eu não estou livre de contrair essa gripe, de maneira nenhuma, posso evitar a forma mais directa - não saindo do país - mas não tenho como evitá-lo numa via secundária. Quando tal acontecer, esperemos que não, eu pelo menos espero, preocupa-me a falha do sistema nacional de saúde nas urgências, na linha24 que, dia após dia, sempre vamos ouvindo reclamações por falta de assistência da parte desta, a medicação - afinal o que é o Tamiflu? Que outra medicação me receitarão?
Como vêm, não é o contágio que me assalta a mente mas sim o pós-contágio.
Teremos de aguardar para ver o que acontece e decidir na altura as medidas a seguir e não tomar consciência diariamente de quantos casos já foram denunciados pelos media; até porque quantos casos de gripe sazonal são denunciados anualmente todos os dias, todas as semanas, todos os meses, todos os anos?
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