Alguém pregou-te uma partida, minha amiga!
Alguém que não quer saber de ti
nem de mim
nem de nada em concreto.
Veste-se de preto e o ar que respira,
essa aragem fria da madrugada, fora
é um ar que arrepia,
deixa-nos pele de galinha
e ao fundo do monte há um assobio fino de um uivo,
um sopro...
Será vento?! Será lobo?!
Algo é!
Há um sentimento de atraso,
de outrora,
algo que não é real,
como se tivesse aquela capacidade arrepiante
de nos trespassar a alma - um arrepio de morte!
Sinto-me um fracasso enorme!
Alguém pregou-te uma partida, minha amiga!
Alguém que honra o pecado.
O ar está pesado,
eu não consigo respirar.
há qualquer coisa de errado mas ninguém sabe o que é
ninguém vê, não se sente assim... de qualquer maneira.Alguém pregou-te uma partida, minha amiga!