As minhas raízes estão viradas do avesso. Não sei como isso aconteceu, nem quando, nem bem ao certo porquê!
Mas quando me olho ao espelho vejo tudo invertido, parece mais divertido assim.
Nunca consegui fazer o pino. Pensei que... se conseguisse talvez tudo fizesse sentido ou qualquer coisa parecida mas... não! Não consigo...
Vendo, assim, está tudo tão longe, sem orientação nenhuma, sem eira nem beira; que é do Norte? Que é do Sul?
A rosa que tenho ao peito, que nem as vaidosas das galegas, podia muito bem ser a Rosa-dos-Ventos mas está desfolhada e murcha e meio apagada...
Tenho lágrimas a cair da cara, pode ser que uma delas saceie a sede dessas pétalas, outrora tão belas, agora tão...
Já não tenho memórias de quem era, tantos são os espinhos que vêm cravados todos os dias, e o que guardo de dias como hoje são feridas profundas no fundo da minha alma.
Só o aconchego desses lençois me adoça o espírito e me dá algum alento para continuar e dormir o sono abençoado dos guerreiros e das virgens.
Para rir e chorar por mais! Pelos agrados e desagrados! Porque sim e... porque não?!
12 fevereiro 2010
10 fevereiro 2010
Tigresa!!
Devia ter visto isto já há algum tempo... É uma idéia fantástica. O trabalho final ficou... excepcional!!!
Ora vejam:
Ora vejam:
08 fevereiro 2010
Quando fecho os olhos
Eu fecho os olhos
e oiço bater à porta.
Tenho medo.
É uma coisa sem sentido,
instintivo,
irracional...
Há algo que pressinto,
que me desnorteia,
me desassossega
e eu não sei que coisa é.
Pé ante pé como quem entra numa Sé
e se dirige à àgua benta em silêncio,
em remissão,
dirijo-me à porta, enfrento o meu medo
e pergunto quem vem;
ninguém diz nada
e volto para a cama.
Deito-me,
aconchego-me
e fecho os olhos para dormir.
Sei que vou sonhar.
e oiço bater à porta.
Tenho medo.
É uma coisa sem sentido,
instintivo,
irracional...
Há algo que pressinto,
que me desnorteia,
me desassossega
e eu não sei que coisa é.
Pé ante pé como quem entra numa Sé
e se dirige à àgua benta em silêncio,
em remissão,
dirijo-me à porta, enfrento o meu medo
e pergunto quem vem;
ninguém diz nada
e volto para a cama.
Deito-me,
aconchego-me
e fecho os olhos para dormir.
Sei que vou sonhar.
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