16 dezembro 2009

feliz navidad

Nuestros ermanos estão cada vez pior!!! Que paneleirice... bem pode ser que com tanta ginástica me traga os presentes dos anos anteriores que nem fita deles se viu!!!


"É CARNAVAL NINGUÉM LEVA A MAL"



(já vai atraso mas paciência!)

Luísa

        Há momentos em que apetece correr... assim de repente, do nada - a olhos alheios a tudo -, sair porta fora e correr, correr, correr até ficar com os bofes de fora ou até chegar lá à frente.
         Luísa era uma mulher de forças, de armas, inconstantemente satisfeita, dona do seu nariz. Não tinha marido nem filhos, os pais ocupavam-lhe a cabeça o tempo todo que não o passava a trabalhar.
        Todavia até o maior guerreiro perde as forças e também ela desejava chegar à sua cama, à noite, depois da noite porque assim que o relógio de sala toca as 12 badaladas ela tem consciência que são 24horas passadas de mais um dia de dramas, respira fundo e deixa sair num tom mudo: "- meia-noite...".
 

  Tiiii....Tiiiii...Tiiiii...  -  07h:30min...


        Mais um dia interminável depois de uma noite tão curta... "Estamos no inverno, é suposto as noites serem maiores que os dias...", disse ainda meio ensonada, meio resingona, meio acordada...
        Levantou-se, tomou banho, preparou o seu pequeno-almoço, o lanche para meio da manhã e saiu; a rotina do costume, as batalhas do dia-a-dia, os suspiros, as lágrimas contidas, cama.
       Luísa quer muito a sua casa, o seu canto incontestável, os seus  filhos, os seus momentos a sós. O tempo vai passando entre guerras e tréguas com o tempo e com o mundo na esperança de um dia acordar noutra cama, noutra casa, com alguém a seu lado, e um pequeno-almoço servido na cama de tempos a tempos...
     Corre, Luísa corre, explode no vento, bem longe de tudo, esse sentimento de raiva e ódio e cansaço, entrega-te! E manda o tempo dar uma curva com todas as suas tretas!