Há qualquer coisa de mágico num farol!!!
Talvez a altura - faz inveja a qualquer um a proximidade e a grandeza do Horizonte - talvez a monumentalidade do edifício, talvez as luzes que incidem no oceano noites, madrugadas fora...
A sua História acompanha-o desde a Antiguidade quando as luzes não passavam de fogueiras ou grandes luzes alimentadas a azeite de oliveira ou baleia, conforme os locais onde estivessem, cumprindo a sua intenção de proteger os navegadores ora de irem contra a costa ora contra alguma porção de terra enfiada no mar.
Entretanto o azeite foi substituído pelo petróleo e por conseguinte gás e então, mais tarde, pela electricidade ao mesmo tempo que se foi criando uma habitáculo de espelhos e reflectores e lentes montados, todos eles, num mecanismo de rotação possibilitando o melhor alcance da luz e também a distinção da distância entre um farol e outro aquando da presença de nevoeiro cerrado ou pela própria escuridão da noite não o permitirem à vista desarmada.
Depois, é claro, surgem alguns mitos e o mais vulgar é sobre os afundadores...
Fala-se que os afundadores eram pessoas que construiam falsos faróis com o intuito de atrair os navios para zonas baixas provocando, assim, o encalhamento destes e tendo ali à mão grandes oportunidades para saquearem os destroços.
Ainda assim... mesmo durante o dia... o farol desperta em mim uma curiosidade que não consigo nem omitir nem controlar; é mais forte que eu, parece ser uma parte de mim... que eu, confesso, não conheço...
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