12 março 2010

Arre!!

Há quem dê comigo em doida!
Há coisas que vão contra a minha natureza, eu sou assim, e pronto!!
Não tenho nada contra a organização, muito pelo contrário, chumbo quaisquer projectos que haja em acta a decidir a favor até das mais minúsculas partículas de pó! Mas, todos os dias, em limpezas e arrumações - essa não sou eu!
Desde miuda que o meu quarto, aquelas quatro paredes tão pequenas se habituaram à minha organização - o que para outros, como já devem ter percebido, é o caos mais puro.
Eu sou mulher, é verdade, mas caramba qual é a necessidade de rotular ainda hoje uma mulher como entendedora dos bons costumes e regras e leis da lida doméstica?! Sou uma boa anfitriã - não deixo nada ao acaso, uma pessoa trabalhadora mas coisas simples como aspirar, limpar o pó, passar a ferro ou enfiar uma linha na agulha, é coisa que para mim, necessita de uma grande dose de inspiração. Eu arrisco a dizer até overdose de inspiração! Alguém sabe onde se vende?
É que é tão deprimente ouvir sermões da nossa mãe: "Isto tá mal feito"..."aquilo não é asim!", "volta atrás, faz assim, faz assado!" e blá blá blá...

Uma ajudinha?

Fãs!

Fãs!!
Elas gritam, esticam-se o mais que podem para tocar, nem que seja com a pontinha dos dedos no ídolo da vida delas; eles são mais discretos mas também têm no bolso oum bocado de papel qualquer para receber um rabisco a que chamam religiosamente de autógrafo.
O que vos venho falar já passou à um tempo na televisão, a edição dos ÍDOLOS, aquela em especial, pela primeira vez como disse o nosso amigo Manzarra, a estreia de uma figura pública e notável como o Pedro Abrunhosa padrinho da nossa música portuguesa em versão mais pura, sem preconceitos.
Ora, estava toda a gente em pulgas para o ver a actuar com a Diana Piedade, eu em particular, quando de repente a única coisa d que se falou naqueles momentos em seguida foi... da queda!! Por amor de Deus!! Então já não se pode cair?! Bem para quem não viu aqui está a miséria daquela noite:


No entanto não chegava já isso, vejam só o que me enviaram por sms no outro dia, tentem ler ao ritmo da mesma música que foi cantada nessa noite entre ambos:

"Uma espécie de fosso,
um pedaço de chão
um tralho que doeu,
lá se foi a tesão!

Um domingo de merda,
uma estrela no chão,
uns óculos partidos
onde é que eles estão?

Pedes-me um momento,
espalho-me ao comprido,
nunca mais vou ver o Ídolos
fiquei todo f*****!

Levas pensos rápidos!
Ficas sem garra
perdes-te comigo
lá se ri o Manzarra.

Caminho para o abismo
saio em campo de visão
lá se vai o meu cinismo
vou de trombas ao chão..."

Eu nunca tinha percebido esta loucura dos fãs pelos artistas, para mim são pessoas como as outras. No entanto, deve ser uma relação como a dos casamentos: para o bem e para o mal!

11 março 2010

uma semana do pior

O título bem podia ser da série ou do filme, não tenho a certeza, mas não, também há semanas do pior na vida real bem maiores que 7dias e bem mais difíceis.
Bem que semana!!!!
Esta é mais uma daquelas semanas boas para esquecer!!
Primeiro porque habituamos mal as pessoas de quem gostamos e com quem vivemos o dia-a-dia, mostramos um exemplo de menina, de boas maneiras, uma mulher feita, comete-se umerro e lá se vai o trabalho de anos!
Depois há aquelas coisas que têm quatro rodas a que chamamos carinhosamente "as nossas pernas" já que nos levam a todo lado, que do nada, dão em fazer birras descomunais mesmocom a crise que anda aí!!
A seguir? O que vem a seguir?! Apioria de uma recaída de uma constipação mal curada... a semana tá quasse no fim mas... é caso para dizer: o que se segue, o que vem atrás disto tudo?

Podemos perguntar se o senhor da figura não será doido para dançar assi m na rua enquanto toca aquele instrumento que desconheço embora semelhante a uma flauta mas, desculpem lá, quem é que não fica doido com semanas em que tudo corre mal?!

09 março 2010

"Bocados de papel rasgados dos guardanapos dos cafés não são muito viáveis..."

"Há dias difíceis e, nesses dias, não há nada melhor que fechar os olhos, deitar na cama e deixar-se adormecer ou então ficar ali, simplesmente ali. Outras vezes pegar num livro qualquer à escolha e folhear, só pelo prazer de, em silêncio, ouvir o manusear das folhas de papel.

O meu refúgio são as folhas, os bocados de papel rasgados no café, nos guardanapos e escrever qualquer coisa que me vai na cabeça, ou de repente, pegar no telemóvel e escrever sem anexo, só depois organizar as ideias em papel.
Quando passeio perto de ruínas e outros sítios que me excitam de tal ordem a curiosidade e relembram os bons velhos tempos de escola é que é mais complicado e não há como explicar a ninguém ou quase ninguém percebe a falta que sinto daqueles trabalhos monstruosos, de horas enfiadas frente ao computador - aquilo para mim era uma adrenalina!
Hoje em dia vai-se compensando com outras coisas - um blogue por exemplo! Bocados de papel rasgados dos guardanapos dos cafés não são muito viáveis..."

Em seguimento da carta, gostaria de ter dito muito mais, de ter sonhado ainda mais, de ter lutado, de ter vivido - às vezes parece que já não vivo, que ando p'ra aqui a deambular que nem os bêbados encostados aos postes de iluminação, que agora já nem são a petróleo nem barrocamente decorados e pintados com trinchas largas de cerdas baratas...
Todavia, de tempos a tempos, numa distância temporal mínima mas surpreendentemente enorme, eterna, surge ao longe umas palavrinhas formando frases quase insignificantes, pequenas idéias, baralhadas, desordenadas, confusas, sem pontos nem vírgulas. E fecho os olhos, antes ainda corro à mala num instantinho e roubo um guardanapo à senhora da pastelaria para escrever depressa aquelas coisas que oiço na minha cabeça. Tenho esperança que seja alguma coisa importante, algo como um filho - dar corpo às palavras que me cumprimentam - é algo de tamanha importância e respeito, não é uma nódoa de café ou doce d'ovo dos croissants deliciosos que a senhora tem na vitrine; são manchas de tinta, em forma de letras agrupadas. Por cada verso que ali escrevo naquela folha frágil de papel amachucado por feitio, sinto logo no ar a atmosfera das minhas fantasias literárias quando o cheiro de uma cigarrilha deixada no ar por um transeunte qualquer, rua abaixo numa languidez impressionante, se cruza com o fumo fininho da meu café levando-me para outras épocas: Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Almada Negreiros, Cesário Verde, oh...! quantos faltam aqui, que eu não lhes conheço o rosto!...
Sei que, nas mesinhas ao lado da minha, ninguém se apercebe do meu transe, já ninguém conhece ninguém mesmo nas vilas pequenas como esta, e deixo aparecer no meu rosto um traço de sorriso, de malandrice, de quem aprontou alguma como quando era criança.
Estão postas em papel as idéias fugazes que sairam da minha cabeça, falta pô-las por ordem lógica e passar religiosamente a limpo na sebenta de capa preta guardada na gaveta da mesinha de cabeceira.

Até ao próximo café!



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imagem de luis-anca-desenhos.blogspot.com

08 março 2010

dia 08 de março, 2010

À mulher da minha vida, se eu fosse uma Deusa, oferecia uma Flor...

Uma Flor, que dela extraía a frescura das gotas de orvalho para a manter jovem a vida toda, se eu fosse...
Uma Flor, que nela buscava a beleza para ti, até aos fins da eternidade, se eu fosse...
Uma Flor, da flor a sua fragilidade, para que, por todos, fosses sempre mimada e cuidada, se eu fosse...
Uma Flor, da flor o perfume para te encontrar em qualquer lado, se eu fosse...
Uma Flor! ... Para ver sempre o sorriso na tua cara.

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Não sou nenhuma Deusa, não passo de mais uma simples mortal inconsequente. Mas há sempre alguma coisa acessível à nossa mão e aqui está, em baixo, uma flor para as mulheres das nossas vidas, porque quer sejamos homens ou mulheres, todos temos mulheres nas nossas vidas. Eu tenho uma maravilhosa!