As memórias são como certas pessoas por mais livres que sejam buscam sempre o mesmo aquele laço afectivo de outros tempos. Não devia ser assim. Não devia ser assim. Não devia! O tempo é um relógio que tem vontade própria e se rege pelo sol, tu és um desses baratos que funcionas a pilhas baratas dos tosotões de bolsos rotos. És aquilo que não interessa. Já passou. Já faz muito tempo que o tempo passou por cá. E o que lá vai, lá vai... porquê voltar?
O tempo devia deixar marcas tão suaves quanto as penugens das aves juvenis, quanto as penas velhas dos progenitores adultos. Devia-se ouvir como o murmurar das ondas do mar. Rápido como as aragens do vento em tempo de primavera... Mas não é. Mas devia ser. Devia ser!
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