05 fevereiro 2010

minha amiga...











Alguém pregou-te uma partida,  minha amiga!
Alguém que não quer saber de ti
                                       nem de mim
                                              nem de nada em concreto.
Veste-se de preto e o ar que respira,
                         essa aragem fria da madrugada, fora
                                                             é um ar que arrepia,

deixa-nos pele de galinha
e ao fundo do monte há um assobio fino de um uivo,
                                                                 um sopro...

Será vento?! Será lobo?!
Algo é!

Há um sentimento de atraso,
de outrora,
algo que não é real,
como se tivesse aquela capacidade arrepiante
de nos trespassar a alma - um arrepio de morte!

Sinto-me um fracasso enorme!

Alguém pregou-te uma partida, minha amiga!
Alguém que honra o pecado.

O ar está pesado,
eu não consigo respirar.
há qualquer coisa de errado mas ninguém sabe o que é
ninguém vê, não se sente assim... de qualquer maneira.

Alguém pregou-te uma partida, minha amiga!

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