sismo no Haiti, 12 Janeiro 2010

A notícia do jornal Público (http://www.publico.pt/Mundo/3-milhoes-de-pessoas-afectadas-no-sismo-do-hati_1417564) deixa bem clara a gravidade do sismo - 7.0 na escala de Richter, três horas depois do primeiro tremor que se sentiu às 16h53min, hora local.

O Haiti é o país mais pobre do hemisfério ocidental, consta que 80% dos três milhões de habitantes vive abaixo dos limiares da pobreza sem contar com os outros seis milhões dispersos pelo país.

É um ciclo cada vez maior e que cada vez mais tende a aumentar como uma bola de neve não só pelo facto da população ser maioritariamente pobre como também a nível geográfico o Haiti está numa zona extremamente sensível a desastres naturais, quase ao fim da notícia, o jornal Público refere ainda: "A capital Port au Prince foi parcialmente afectada por um sismo de magnitude 6,7 em 1984. Em 2004, mais de três mil pessoas morreram na sequência do furacão Jeanne, que dizimou a cidade de Gonaives, no noroeste do país. Quatro anos mais tarde, a mesma cidade foi novamente devastada por quatro sistemas tropicais. Desde 2008, os furacões Gustav, Hanna e Ike mataram 800 pessoas...".

O que lhes vale agora é as ajudas internacionais vindas de organizações como a Cruz Vermelha, que já está a actuar no terreno, não duvido que em breve muitas mais juntar-se-ão.

Há que ter fé, resgatar as vítimas debaixo dos escombros, enterrar os mortos de forma honrada e ajudar economicamente. No fundo, trata-se de uma crise global, que nos pode afectar a todos ainda hoje ou já amanhã. Temos de ter em mente que é uma "catástrofe de grandes dimensões" como refere Raymond Alcide Joseph, embaixador do Haiti nos EUA mas há que erguer a cabeça e pôr mãos ao trabalho.