Há um tempo
sem tempo algures por aí
mas não está agora aqui
nem aí
nem em parte nenhuma.
O meu corpo é só meu,
o teu de quem será
nessas noites sem lua,
sem estrelas,
sem ar,
sem nada o que esperar
ao romper da alvorada?
Mas a alvorada quando vem,
vem com alguém nesse brilho forte da aurea matinal.
Espero que traga quem te espera,
quem te beija a alma.
1 comentário:
Ontem fui ver o NINE e por acaso o teu poema reflecte imenso o problema do actor principal, a ausência de tempo, que nos corta o ar, profundo mesmo!
Tanto o poema como o filme, tens de ver!
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