21 janeiro 2010

sem tempo

Há um tempo
sem tempo algures por aí
mas não está agora aqui
nem aí
nem em parte nenhuma.

O meu corpo é só meu,
o teu de quem será
nessas noites sem lua,
sem estrelas,
sem ar,
sem nada o que esperar
ao romper da alvorada?


Mas a alvorada quando vem,
vem com alguém nesse brilho forte da aurea matinal.


Espero que traga quem te espera,
quem te beija a alma.

1 comentário:

M disse...

Ontem fui ver o NINE e por acaso o teu poema reflecte imenso o problema do actor principal, a ausência de tempo, que nos corta o ar, profundo mesmo!

Tanto o poema como o filme, tens de ver!